escolho arder
entre a sombra acolhedora
do muro apagado triste limitador
e a crueza do sol do meio dia
sou o que escolhe arder
a sobreviver moribundo
(torreira; regata do s. paio; 2014)
muito fica por dizer, mais por mostrar, mas só o estar lá, no meio de tudo é a verdadeira sensação da regata. o mais, repito, são palavras e imagens, e isso é quase nada
porque tudo pode acontecer em dias de nortada, e sexta-feira, dia 6, foi-o, há quem dê tudo por tudo para mostrar o que vale uma bateira bem governada. mas nem sempre correm bem estas demonstrações de risco e beleza.
de entre os muitos que fotografaram a regata, a sorte, parece, coube-me a mim, das duas vezes que um barco virou – nesta regata e na dos moliceiros – estava a olhar para eles de máquina na mão e os registos são preciosos.
o virar da bateira
a regata
não sei quantas eram as bateiras a concorrer/velejar, na ria, em frente à torreira. sei que eram muitas e havia velejadores de todas as idades. há muita beleza e emoção nesta regata, tanta que os olhos se perdem entre os barcos e tudo parece uma pintura perante a qual o ficar fascinado é a coisa mais natural
daí o não ter os nomes dos participantes, por muitos, nem o do vencedor, por desleixo.
as imagens são o que marca o sentir dos momentos passados no meio da ria, ficam aqui algumas:
a disputa à segunda bóia e o vencedor a definir-se
o vencedor absoluto
alguns momentos de emoção