para o palcaltar não me peçam palavras peçam-me pedras tenho os bolsos cheios
(cirandar; torreira; 2016)
em 1981 foi publicado em coimbra o primeiro número dos “cadernos do 40”, eu era um dos integrantes do caderno e usara como uma das epígrafes ao conjunto de “poemas” que publiquei, o poema “Com palavras amo”
após a publicação fiz questão de ir entregar a eugénio um exemplar dos cadernos. meti-me no comboio para o porto e, sem qualquer combinação prévia, fui bater-lhe à porta.
eugénio estava em casa, abriu-me a porta. disse ao que vinha e entreguei-lhe o exemplar, convidou-me de imediato a entrar. eu não consegui, senti-me muito pequeno. então, eugénio foi lá dentro e trouxe-me um livro com dedicatória.
( aqui ficam a memória e o testemunho)
da apresentação da exposição:
“Mais uma exposição de ahcravo gorim (António José Cravo).
Nesta será apresentada, através de fotografias e versos, a recolha do sal na Figueira da Foz / Portugal pelos marronteiros.
Nas palavras de Gilda Saraiva, que assina o texto introdutório: “Os marronteiros são os guardiões destas paisagens de sal da Figueira da Foz.”