(costa de lavos; 2019)
costa de lavos
crónicas da xávega (480)
crónicas da xávega (481)
crónicas da xávega (380)
crónicas da xávega (376)
obrigado eugénio
dizer o teu nome dizer tantas vezes a mesma palavra até ela perder o sentido a sua ligação com o nomeado dizer como é doloroso o parto das palavras que ainda não disse ou se disse como as escrevi dizer tanto em tão pouco ser imenso e ínfimo límpido e complexo escrever “com palavras amo” e escutá-las na boca do outro
crónicas da xávega (372)
crónicas da xávega (367)
crónicas da xávega (365)
sentou-se
gostava muito de se sentar e ficar assim a olhar o mar um livro poisado nos braços os olhos pendurados no horizonte como era imensa a janela incomensurável a casa
(nota: reparem na “ferramenta” de aço inox, utilizada para suportar a manga, a conduzir e impedir que roce na areia. na praia da torreira e na de mira, conhecia a técnica do cruzamento dos bordões/estacadões que se fazia para produzir este efeito. inovação meus caros, na xávega inova-se, é bom que se inove porque é sinal de que continua. será que algum dia, alguém ao ver isto vai dizer que já não é xávega? sei lá?)
crónicas da xávega (360)
crónicas da xávega (345)
descrente

costa de lavos; 2017
escrevo hoje o tempo
com o tempo que tenho
não será muito digo
mas é o meu tempo
no caminho dos dias
é nos outros que o vejo
em mim que o sinto
ao tempo que foi e
ontem ainda
gasto o tempo até ao esqueleto
branco do ínfimo segundo
não creio na reciclagem dos dias
também nisso a minha descrença