sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
do outro lado da rua tem havido sempre um outro lado da rua o sol ilumina as casas aquece-as as mãos buscam-no quase o agarram de tão próximas do outro lado de muito mais ruas sombrios os becos onde se morde a fome nas sobras de ontem de outrem frio medo revolta medo revolta frio revolta frio medo por dentro há sol do outro lado da rua roubaram-no
(coimbra; r. visconde da luz)