memória do s. paio da torreira

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no sábado dia 26 de junho de 2021, decorreu no auditório do museu santos rocha, na figueira da foz, a apresentação do mais recente livro de rui miguel fragas, ” A REBENTAÇÃO DAS ÁGUAS”.
do evento fiz o registo integral.
início dos anos 70
torreira; bina bitaolra; anos 90
em 1965 artur pastor publicou o livro “Algarve”, em edição bilingue, fotografia e monografia do autor.
o ano passado, depois de muito procurar e não encontrar, falei com o filho, artur costa pastor, meu amigo no face, que me disse ser possível encontrar algum exemplar no brasil, para onde tinham ido os exemplares não vendidos em portugal.
com esta informação, não tendo dinheiro suficiente para a viagem, nem passaporte, entro no site dos “sebos” brasileiros e descubro um exemplar em s. paulo. mas…. se o preço estava dentro das minhas possibilidades, os portes – o livro pesa cerca de 3 kg – eram outro tanto.
começa então a funcionar a rede de amigos das redes sociais – as malditas. lembrei-me de dois amigos : mauro mattos filho e eduardo mello. depois de falar com ambos cheguei à conclusão que o eduardo era o ideal. logo se prontificou a receber o livro e até se dava o caso de ter uma irmã que vinha periodicamente a portugal. em 2019 viria,
assim o livro que tinha ido de portugal para o brasil, foi de s. paulo para o rio de janeiro, para voltar a portugal.
entretanto bolsonaro é eleito, e uma amiga de eduardo mello resolve vir para portugal e trouxe o livro para o porto – mais uma amiga
sábado proporcionou-se uma ida ao porto e … recebi o livro das mãos do marido – outro amigo – talvez cerca de seis meses depois de ter chegado.
obrigado eduardo mello, obrigado amigos.
com ele debaixo do braço fui ter com o antero urbano à livraria alfarrabista “paraíso do livro” e pedi ao prof. eduardo – um dos proprietários – que abrisse o embrulho. perguntou-me porquê e eu respondi que logo veria.
o prof. eduardo é de famila algarvia, de olhão.
e o “Algarve” quando foi desembrulhado, de regresso a portugal, foi visto pela primeira vez por um algarvio. estava completo o ciclo.
agora está ao meu lado à espera de ser lido e relido, visto e revisto.
há estórias que apetece contar, mesmo se de repente, mesmo se mal amanhadas….
na foz do mondego rádio, na figueira da foz, conceição ruivo é autora do programa “pinceladas”, espaço áudio onde conversa sobre arte
nos dias 1 e 2 de dezembro de 2018, a conversa decorreu em torno do livro “quando o mar trabalha”
obrigado conceição ruivo por esta oportunidade, obrigado sansão coelho pela coordenação e obrigado foz do mondego rádio pela eficiência e qualidade da produção do registo áudio, de que aproveitei parte para a produção deste vídeo, com algumas das fotos que integram o livro
a conversa pode ser ouvista no vídeo
obrigado a todos os amigos que, com as suas encomendas e compras directas, fizeram com que em menos de um mês a 1ª edição do livro esgotasse.
está neste momento em fase de preparação uma segunda edição, já que as vendas não resultaram de grande esforço de divulgação para além do facebook e das apresentações na torreira e praia da tocha.
estão previstas mais apresentações em cantanhede e ovar e no dia 4 de novembro na figueira da foz.
se foi bom fazer o livro, uma alegria emocionante senti-lo, a forma como tem sido solicitado, aceite e comentado por quem o comprou é uma satisfação enorme – valeu a pena.
de serpa a guimarães, de israel a madrid, o mar trabalha.
as encomendas com identificação completa deverão ser feitas para o mail ahcravo98@yahoo.com
obrigado a todos, nunca é demais agradecer.
bota jorge pinto guedes
retratado pelo amigo camilo rego
porque as palavras ditas estão no vídeo, ficam aqui as palavras escritas – enviadas por email – por uma amiga de lisboa a dizer do livro.
“Bom dia, António…
São quase 3 da manhã, começo agora mas não sei quando concluirei. É tanto o que despertou em mim a tua leitura, tenho dificuldade em começar.
Peguei no livro que recebi, o toque da campaínha, a minha mãe a perguntar do alto dos cento e tal degraus ” o que traz hoje ?”, através dos anos, trouxe-me a memória da peixeira, não no areal, mas numa rua de Lisboa.
Fazes a homenagem às rugas, aos sonhos desfeitos na espuma do tempo, à esperança no amanhã, ao continuar até…, remendas as redes da vida dura, entre sal, areia, gaivotas, MUITO MAR e algum amor.
O carapau, a sardinha sofrem quando o saco é aberto, para gozo dos veraneantes, que confundem o trabalho, morte, com uma festa.
Assisti no ano passado na Costa da Caparica e tentei mostrar aos meus netos a singularidade do morrer para viver.
Estão ali os que partiram, mas permanecem em ti e os que sobrevivendo se mantêm.
Estão afinal todos, contigo nas letras e no teu olhar.
Mas… Aquelas belas fotografias a que me habituaste no Facebook, ficam apagadas pela qualidade da edição.”
o vídeo da apresentação
a assistência retratada pelo amigo paulo delgado
com pedro lindim, presidente da associação de moradores da praia da tocha, retratados por camilo rego
não posso deixar de referir os momentos que mais me emocionaram durante a apresentação:
todos os presentes foram muito participativos e a todos agradeço o terem estado e aguentado a descarga emocional que a leitura do livro sempre produz. bem hajam
obrigado associação de moradores da praia da tocha, junta de freguesia da tocha e câmara municipal de cantanhede
obrigado tânia
para ti PAULO DELGADO já não há palavras, foram todas dentro do abraço.
(o livro está aí, estão todos convidados)