memória do s. paio da torreira

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no sábado dia 26 de junho de 2021, decorreu no auditório do museu santos rocha, na figueira da foz, a apresentação do mais recente livro de rui miguel fragas, ” A REBENTAÇÃO DAS ÁGUAS”.
do evento fiz o registo integral.
“um livro que parte de uma ideia muito interessante, com personagens e diálogos bem conseguidos, mas que resultou num livro “tóxico”, com muitos erros de variadas tipologias”
escrever um romance sobre a história recente é sempre arriscado porque ainda estão vivos muitos participantes de momentos relatados, por isso o trabalho de investigação deve ser cuidado para que não se erre no relato – aqui as falhas são várias.
ao atribuir o relato a um narrador, o autor deve vestir-se com a identidade do mesmo – nova falha, há falas impossíveis para a formação/origem/idade do narrador.
“com a verdade me enganas” diz o povo. reproduzir afirmações de personagens em momentos específicos descontextualizando-as é a melhor forma de o fazer – perfeita a utilização deste método.
conhecendo o autor e aquilo que eu penso que ele pensa e que, provavelmente, ele pensa que pensa, este livro revela o exactamente o contrário.
é um livro “tóxico”, como já escrevi e escreveram, e perigoso pelas posições assumidas explicitamente, por alguém que se afirma do polo oposto ao escrito.
será uma catarse? penso que sim, mas devia ter ficado na gaveta.
usando palavras do autor, este livro “está abaixo da linha de água”
durante o lançamento o poeta ouve a sua poesia
no passado dia 8 de dezembro, decorreu na biblioteca municipal da figueira da foz o lançamento do último livro de rui miguel fragas.
“Sobre o prumo das falésias” foi distinguido com menção honrosa pelo júri do Prémio de Poesia Soledade Summavielle, destinado a obras originais e inéditas, com um mínimo de trinta poemas.
para mais informação consultar : https://correiodominho.pt/noticias/fafe-jorge-pereira-vence-premio-de-poesia-soledade-summavielle/108899
do lançamento fica o vídeo possível
apresentação realizada no auditório municipal da figueira da foz, integrada nos “7Sentidos”- Festa do Teatro e da Fotografia” organizada pelo Pateo das Galinhas – Grupo Experimental de Teatro.
a apresentação do livro foi feita por antero urbano e as falas interpretadas por actores do pateo: helena adão, ligia bugalho, filipa almeida, vitor silva e rui féteira.
o apoio da divisão da cultura da câmara municipal da figueira da foz, nomeadamente a disponibilidade de anabela zuzarte e da equipa técnica do auditório foi fundamental e inesquecível.
a todos os que estiveram presentes, ou por motivos inesperados não puderam estar, um grande abraço
(do evento fica o registo feito pelo amigo santos silva e editado por mim)
obrigado a todos os amigos que, com as suas encomendas e compras directas, fizeram com que em menos de um mês a 1ª edição do livro esgotasse.
está neste momento em fase de preparação uma segunda edição, já que as vendas não resultaram de grande esforço de divulgação para além do facebook e das apresentações na torreira e praia da tocha.
estão previstas mais apresentações em cantanhede e ovar e no dia 4 de novembro na figueira da foz.
se foi bom fazer o livro, uma alegria emocionante senti-lo, a forma como tem sido solicitado, aceite e comentado por quem o comprou é uma satisfação enorme – valeu a pena.
de serpa a guimarães, de israel a madrid, o mar trabalha.
as encomendas com identificação completa deverão ser feitas para o mail ahcravo98@yahoo.com
obrigado a todos, nunca é demais agradecer.
bota jorge pinto guedes
retratado pelo amigo camilo rego
porque as palavras ditas estão no vídeo, ficam aqui as palavras escritas – enviadas por email – por uma amiga de lisboa a dizer do livro.
“Bom dia, António…
São quase 3 da manhã, começo agora mas não sei quando concluirei. É tanto o que despertou em mim a tua leitura, tenho dificuldade em começar.
Peguei no livro que recebi, o toque da campaínha, a minha mãe a perguntar do alto dos cento e tal degraus ” o que traz hoje ?”, através dos anos, trouxe-me a memória da peixeira, não no areal, mas numa rua de Lisboa.
Fazes a homenagem às rugas, aos sonhos desfeitos na espuma do tempo, à esperança no amanhã, ao continuar até…, remendas as redes da vida dura, entre sal, areia, gaivotas, MUITO MAR e algum amor.
O carapau, a sardinha sofrem quando o saco é aberto, para gozo dos veraneantes, que confundem o trabalho, morte, com uma festa.
Assisti no ano passado na Costa da Caparica e tentei mostrar aos meus netos a singularidade do morrer para viver.
Estão ali os que partiram, mas permanecem em ti e os que sobrevivendo se mantêm.
Estão afinal todos, contigo nas letras e no teu olhar.
Mas… Aquelas belas fotografias a que me habituaste no Facebook, ficam apagadas pela qualidade da edição.”
o vídeo da apresentação
a assistência retratada pelo amigo paulo delgado
com pedro lindim, presidente da associação de moradores da praia da tocha, retratados por camilo rego
não posso deixar de referir os momentos que mais me emocionaram durante a apresentação:
todos os presentes foram muito participativos e a todos agradeço o terem estado e aguentado a descarga emocional que a leitura do livro sempre produz. bem hajam
obrigado associação de moradores da praia da tocha, junta de freguesia da tocha e câmara municipal de cantanhede
obrigado tânia
para ti PAULO DELGADO já não há palavras, foram todas dentro do abraço.
talvez
escolhidos e fixados estão os textos (51)
as fotos:
o livro está pois preso por pontas.
espero que venham a gostar de o ver/ter/ler tanto como eu, e os que comigo estiveram, gostámos de o fazer.
esperemos pelo sol e o mar.
talvez chegue a tempo de ir a banhos.
o livro
reinventar o tempo
por dentro
os amigos ainda são
encho-me de mim
e sou de novo
por ser neles eu
um sorriso um olhar
um abraço
empresto-lhes vozes
inventadas
palavras onde moram
é de memórias
que o livro se faz
(ti miguel bitaolra;torreira; 2012)