para ouvir sempre estes momentos de nèlida e rafael no programa “Uma questão de ADN”
entrevistas
à conversa com josé oliveira
https://youtu.be/5X9Xvb3CUNk a conversa aqui registada ocorreu, em 2018, no atelier de pintura de josé oliveira, com a finalidade expressa de ser divulgada no youtube, tal como foi feito com outras conversas com mestres construtores e outros portadores de memórias da ria. lista dos testemunhos recolhidos: - mestre joaquim henriques (raimundo) - murtosa https://youtu.be/kT2yl0rLJIA - mestre antónio (pardaleiro) - pardilhó https://youtu.be/z9JHZjBqpsI - mestre arménio almeida - pardilhó https://youtu.be/dm363PBzZHE - mestre firmino tavares - pardilhó https://youtu.be/xyanM3R0gCE - mestre zé rito - torreira https://youtu.be/wauI02JEVRw - marco silva - torreira https://youtu.be/o4pX6936H4s - ferreira nunes - murtosa https://youtu.be/6Lsn6BMnq98 - francisco faustino (conversas murtoseiras) - murtosa https://youtu.be/15VOlIjMRuw https://youtu.be/Ose734zN3LY https://youtu.be/RSUBVjidwjE - ti abílio fonseca (carteirista) - murtosa https://youtu.be/L3F4gt12L30 https://youtu.be/MbJJ6FwOVTk https://youtu.be/zZq76RH8QZE - ti zé rebeço - murtosa https://youtu.be/_wUYPqHAeo8 - diamantino dias - aveiro https://youtu.be/PLRsbv_GQqA (várias vezes tentei encontrar-me com o mestre felisberto amador (caçoilo) de pardilhó, nunca conseguimos encontrar-nos para fazer uma gravação. fica assim por preencher esta lacuna, haja alguém que a complete que, por mim, a tarefa a que me propus está concluída)
à conversa com diamantino dias
josé santos silva ou “uma vitória do diabo”
maria joão fialho gouveia na sam 2019
abraço atlântico
vieram do recife, trouxeram com eles histórias de vida e da sua cultura.
juntamente com adalberto cavalcanti constituem a formação base da banda “beto do bandolim”, até junho por portugal.
senti que tinham muito para contar, senti que não os podia deixar partir sem recolher a memória que transportavam. senti e pedi. a resposta foi imediata, onde e quando?
e foi assim, com a cedência do magnífico espaço da livraria miguel carvalho, na figueira da foz, que se registou este abraço.
nada foi preparado ou ensaiado, simplesmente, como sucede na vida, aconteceu. dia 20 de março 2019, começou mais uma primavera. foi uma tarde linda.
obrigado walmir e geraldo, onde quer que estejam.
o abraço atlântico aconteceu de verdade
dele fica o registo
mestre zé rito_torreira
à memória de mestre joaquim raimundo (1933/2019)
Biografia de JOAQUIM HENRIQUES (RAIMUNDO)
Biografia de JOAQUIM HENRIQUES (RAIMUNDO)
No dia 9 de Julho de 1933 nasceu Joaquim Maria Henriques, mais conhecido por Joaquim Raimundo, apelido por que era conhecida esta família de construtores navais durante várias gerações.
Joaquim Henriques continuou a tradição do seu trisavô, bisavô, avô e pai; logo de muito novo aprendeu a arte de construir barcos, usados nas fainas da apanha de moliço e pesca na Ria de Aveiro.
Em 1959 Joaquim Henriques emigrou para os Estados Unidos, mas a paixão de construir barcos foi com ele e cedo começou a trabalhar para um construtor naval.
Mais tarde, o seu pai (Mestre Raimundo) também emigrou, em 1960, e começou a trabalhar com ele. Juntos usaram seus vastos conhecimentos que tinham em trabalhar com madeira. Foi aí que aprenderam não só a trabalhar com fibra de vidro, uma inovação na construção de barcos, como também Joaquim Henriques aprendeu as técnicas de desenhador naval, mais tarde usadas para desenhar os seus iates.
Em 1977 concretizou o seu sonho e fundou a sua própria companhia “Henriques Yachts” no estado de Nova Jersey, Estados Unidos. Tal foi o sucesso, que actualmente os iates da marca “Henriques” estão espalhados pelo mundo e são conhecidos nos Estados Unidos pela sua alta qualidade, a mesma fama que tinham os barcos moliceiros feitos na Murtosa pelo seu pai.
No entanto, ainda lhe faltava prestar homenagem à Ria de Aveiro e à Murtosa, terra que ele nunca esqueceu e tanto ama, e decidiu construir um barco moliceiro em fibra de vidro usando os planos e medidas exactas dos barcos que o pai, Mestre Raimundo, construía. Baptizou-o de “O Rei da Ria.” O “bota abaixo”deste barco moliceiro foi um grande evento não só com a presença de entidades americanas mas também portuguesas, entre elas a consulesa de Portugal em Nova Jersey, Dra. Maria Amélia Paiva.
Este lindo barco, “O Rei da Ria”, continua a navegar nas aguas da Barnegat Bay em Nova Jersey, Estados Unidos, orgulhoso pelas suas origens Murtoseiras e sempre admirado pelos americanos que não se cansam de tirar fotografias deste imponente barco com a sua vela ao vento.
Faleceu no dia 2 de Janeiro de 2019, em New Jersey
(obrigado a Natalie Serra, irmã mais nova do mestre Joaquim Raimundo, pela colaboração)
linhagem do mestre Joaquim Raimundo “novo”, segundo o próprio:
“Mestre Joaquim Maria da Silva Henriques (Murtosa, 1933 – conhecido por Joaquim Raimundo “Novo”)
Mestre Joaquim Maria Henriques (pai, Murtosa,1909/2005,conhecido por Joaquim Raimundo “velho”)
Mestre Américo Raimundo (tio, tinha estaleiro no Bico)
Mestre José Maria Henriques (tio, tinha estaleiro em Veiros – Santa Luzia)
Mestre Júlio Raimundo (tio, tinha estaleiro na rua de Sto. Estevao, Murtosa)
Mestre Israel Raimundo (primo, filho de Júlio Raimundo, ficou com o estaleiro do pai em Sto. Estevão.)
Mestre José Luís Henriques (avô)
Mestre Agostinho Raimundo (bisavô)”
……
em agosto de 2012, no museu estaleiro do monte branco na torreira, etelvina almeida conversou com o mestre. dessa conversa resultaram um conjunto de clips de vídeo já publicados.
em homenagem ao mestre, falecido em 2 de Janeiro de 2019, reedita-se num só vídeo a entrevista e gravação realizadas em 2012
conversas murtoseiras (4)
nascido na década de 40 do século XX na murtosa, onde viveu, francisco faustino é testemunha de um tempo que urge preservar.
veio ao mundo junto à ria e é descendente de gentes do mar, a sua vida profissional e o exercício pleno e permanente da cidadania, aliados a uma memória invejável e uma capacidade invejável de comunicação, tornam-no uma fonte de saber que não se esgota nas conversas que ficam registadas nos 4 vídeos.
o que destas conversas mais fica é o muito que haverá por saber e registar.
falar com o chico é um prazer e uma lição. isso aprendi
de 4 horas de conversa, ou melhor, de lição, este é o último registo.
os moliceiros têm vela (268)
frema
palavra da terra
das gentes
do serem dela
cheios alguns
deixo a frema
para que falem dela
e vejam
no homem a frema
de ser
e só assim continuar
o que é a frema
pergunto-vos
(torreira; regata do s. paio; 2016)
o filme continua com
“o tempo do moliço”