hasta siempre luís

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hasta siempre luís
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oeiras; 25 de outubro; 2008

no dia 25 de outubro de 2008, luís sepúlveda esteve numa livraria de oeiras para autografar a sua obra.
quando o soube enchi uma mochila com livros e resolvi ir estrear a minha nova nikon d80 a oeiras, o autor de ” o velho que lia romances de amor” era obrigatório.
o dono da livraria, ao ver-me com a mochila e a saca da máquina fotográfica, perguntou-me de onde vinha e disse-o a luís sepúlveda que, depois de alguns minutos de conversa, começou a escrever as dedicatórias nos livros que eu levara na mochila.
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oeiras; 25 de outubro; 2008

perguntei se o podia fotografar, consentiu, e a seguir o dono da livraria perguntou-me se eu queria que ele nos tirasse uma fotografia aos dois.
desses momentos, ficam estes registos.
hoje, vou voltar a reler “o velho que lia romances de amor” e estar mais uma vez e sempre com luís sepúlveda
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oeiras; 25 de outubro; 2008

antónio lobo antunes, 40 anos. só!!!!!!!!!!!


em duas da suas vindas à figueira da foz, foi-me permitido registar em vídeo e fotografia, a presença do meu autor favorito. em 2008 só fotografia e 2011 em vídeo e fotografia.
no primeiro encontro, levei duas  mochilas de livros para autografar ….
o representante da editora levou as mochilas para lisboa, com a promessa de que me seriam enviadas, com os livros autografados, para a havaneza – ainda aberta. assim sucedeu.
a celebração dos seus 40 anos de actividade literária é a celebração da literatura portuguesa no que de melhor produziu – opinião pessoal e, certamente polémica, ou não o fosse ALA.
desse encontro ficaram algumas fotos, de entre as quais seleccionei esta, memória ínfima de um homem enorme e de um encontro inesquecível.
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maria antónia palla na sam 2019

maria antónia palla na sam 2019


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Maria Antónia Palla nasceu no Seixal, em 1 de Janeiro de 1933, numa família laica, republicana e liberal que lhe transmitiram os valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade que têm norteado a sua vida. É casada, tem um filho e dois netos.

É licenciada em Ciências Histórico- Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa.


O jornalismo foi a sua única profissão. Trabalhou em diversos jornais, revistas e televisão, tendo-se destacado no tratamento de temas culturais e sociais.


Como cidadã empenhada na política, participou em todas as campanhas eleitorais antes e depois do “25 de Abril“.


Defensora apaixonada da liberdade de pensamento e de imprensa, foi a primeira mulher a ocupar o lugar de vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e a primeira que assumiu a Presidência da Caixa de Previdência dos Jornalistas, cargo que desempenhou durante doze anos, até ao encerramento daquela instituição por um Governo socialista. Foi membro eleito do Conselho de Imprensa.


Interessada desde sempre pelos direitos das mulheres, participou activamente na campanha pela legalização do aborto.


Foi uma das fundadoras da Liga dos Direitos das Mulheres e da Biblioteca Feminista Ana de Castro Osório, núcleo especializado da Biblioteca Municipal de Belém, a segunda que existe na Europa, enquadrada num espaço público.


Defensora do acesso de todos os Povos à Democracia foi uma das fundadoras do Fórum Português para a Paz e Democracia em Angola que tem prestado apoio às forças democráticas daquele país.


Em Portugal, continua a participar civicamente em diversas acções a favor da cultura e direitos humanos.


É comendadora da Ordem da Liberdade.

http://sibila.pt/biografias/maria_antonia_palla.html

na SAM 2019, fo-lhe entregue o “Prémio Maria Barroso – Jornalismo pela Paz e pelo Desenvolvimento”

do evento aqui fica o registo considerado relevante pelo editor

maria joão fialho gouveia na sam 2019

maria joão fialho gouveia na sam 2019


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rosabela afonso e maria joão fialho gouveia

em conversa com rosabela afonso, maria joão falou da sua vida e da sua obra.
programada estava a apresentação de “Os Távoras”, o seu último livro, mas mais do que do livro foi de si que maria joão falou.
ficámos a conhecer um pouco mais da pessoa que está por detrás dos livros. dai o interesse deste registo.
biografia
Maria João Fialho Gouveia nasceu em 1961, em Lisboa.
 
Cresceu e estudou no Estoril, tendo depois cursado Comunicação Social na Universidade Nova de Lisboa. É ainda diplomada em Inglês pela Universidade de Cambridge.
 
Começou a sua carreira de jornalista aos 18 anos, conciliando-a depois com o ensino. Escreveu para o Blitz durante 16 anos, foi colaboradora do Se7e e do diário A Capital, integrou a equipa da Antena 1, trabalhou 6 anos em publicidade e foi redatora da revista VIP. Neta de professora, cedo descobriu o gosto pela leitura e pela escrita. Amante da cultura e da arte, tem agora em curso uma licenciatura em História, que faz por mero prazer. E é com igual amor que se aventura agora na escrita.”
da conversa fica o registo

“homens de pó” um livro mau e perigoso


“um livro que parte de uma ideia muito interessante, com personagens e diálogos bem conseguidos, mas que resultou num livro “tóxico”, com muitos erros de variadas tipologias”

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escrever um romance sobre a história recente é sempre arriscado porque ainda estão vivos muitos participantes de momentos relatados, por isso o trabalho de investigação deve ser cuidado para que não se erre no relato – aqui as falhas são várias.

ao atribuir o relato a um narrador, o autor deve vestir-se com a identidade do mesmo – nova falha, há falas impossíveis para a formação/origem/idade do narrador.

“com a verdade me enganas” diz o povo. reproduzir afirmações de personagens em momentos específicos descontextualizando-as é a melhor forma de o fazer – perfeita a utilização deste método.

conhecendo o autor e aquilo que eu penso que ele pensa e que, provavelmente, ele pensa que pensa, este livro revela o exactamente o contrário.

é um livro “tóxico”, como já escrevi e escreveram, e perigoso pelas posições assumidas explicitamente, por alguém que se afirma do polo oposto ao escrito.

será uma catarse? penso que sim, mas devia ter ficado na gaveta.

usando palavras do autor, este livro “está abaixo da linha de água”

lançamento de “Pão de Açúcar” nas 5as de leitura


5as de leitura FEV

no dia 14 de fevereiro de 2019, afonso reis cabral apresentou, na figueira da foz, no âmbito das “5as de leitura” a sua última obra “Pão de Açúcar”, um livro a não perder, uma obra conseguida em todos os aspectos
 
“SINOPSE
Em Fevereiro de 2006, os Bombeiros Sapadores do Porto resgataram do poço de um prédio abandonado um corpo com marcas de agressões e nu da cintura para baixo. A vítima, que estava doente e se refugiara naquela cave, fora espancada ao longo de vários dias por um grupo de adolescentes, alguns dos quais tinham apenas doze anos.
 
Rafa encontrara o local numa das suas habituais investidas às zonas sujas, e aquela espécie de barraca despertou-lhe imediatamente o interesse. Depois, dividido entre a atracção e a repulsa, perguntou-se se deveria guardar o segredo só para si ou partilhá-lo com os amigos. Mas que valor tem um tesouro que não pode ser mostrado?
 
Romance vertiginoso sobre um caso verídico que abalou o País, fascinante incursão nas vidas de uma vítima e dos seus agressores, Pão de Açúcar é uma combinação magistral de factos e ficção, com personagens reais e imaginárias meticulosamente desenhadas, que vem confirmar o talento e a maturidade literária de Afonso Reis Cabral.”
 
 
da sessão fez-se o registo possível

sílvio lima por paulo archer de carvalho


no dia 5 de fevereiro de 2019, paulo archer de carvalho apresentou na biblioteca municipal da figueira da foz a obra “Sílvio Lima”

do evento fica o registo para memória futura

 

Paulo Archer de Carvalho (n. 1957) é doutor e post doutorado em Letras (História da Cultura Contemporânea), mestre em História Contemporânea; foi investigador do CEIS20-UC (2010-2018), bolseiro pela FCT (2008-2016), antigo professor de Cultura Portuguesa, Cultura Clássica, Estética e História Contemporânea no ensino politécnico (1998-2007) e professor do ensino secundário (1986-1998). Objectiva a sua investigação nas áreas da história intelectual e dos intelectuais, com particular incidência no período 1890-1974, tendo publicado livros, capítulos, artigos e ensaios.

Colaborou no Dicionário dos Historiadores Portugueses e no Dicionário da I República e do Republicanismo e desenvolveu o projecto

Sobre o livro “Silvio Lima” , obra em dois volumes, refira-se a caracterização da edição e um sumário breve de conteúdo.

Obra

* vol. I – “Um místico da razão crítica
* vol. II – “Da incondicionalidade do amor intellectualis

(Edição da Palimage, 2018, com o apoio da Fundação Eng. António de Almeida)

Sumário breve

Desenvolvendo um estudo de fundo sobre a obra do psicólogo, filósofo e ensaísta Sílvio Lima (1904 -1993) e sobre o ambiente de repressão intelectual e de repressão filosófica que se instalou na longa conjuntura da ditadura corporativa, procura-se a novidade e legibilidade das inúmeras expressões de um pensamento original, criativo e crítico no campo do racionalismo e sobretudo, os veios de uma coerência muito forte que arrastaram Sílvio Lima para uma espécie de «exílio interno» e de esquecimento que, dir-se-ia, se pretendia irreparável.

Corresponde à versão impressa da homónima tese de doutoramento defendida em 2010 na UC.

(agradeço ao autor o original do texto supra, com pequenas alterações de disposição da minha responsabilidade)

joão gaspar simões contado por antónio pedro pita


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para a minha geração, e não só, joão gaspar simões foi a mão que nos levou até fernando pessoa.
este é o momento de antónio pedro pita nos levar a conhecer um pouco do pensamento e do ser de joão gaspar simões
biografias
joão gaspar simões
João Gaspar Simões nasceu a 25 de Fevereiro de 1903, em São Julião, Figueira da Foz, distrito de Coimbra.
Filho de João Simões, grande comerciante da Figueira da Foz, e de Constança Neto Gaspar, doméstica, foi baptizado a 18 de julho de 1903.[1] Fez a instrução básica na sua terra natal, a Figueira da Foz e a partir dos 11 anos frequentou como interno o Colégio Lyceu Figueirense (1914), terminando o ensino liceal em Coimbra, no Liceu José Falcão.
Em 1921 matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra mas interrompeu por diversas vezes o curso, que só concluiu no ano de 1932.[carece de fontes] Nunca exerceu profissão na área jurídica, mas tinha o sonho de ser diplomata.[2]
Durante os seus anos de estudo fundou algumas revistas literárias de grande importância para a cultura portuguesa: de 1924 a 1925 a revista Tríptico, com Branquinho da Fonseca (seu condiscípulo dos tempos do liceu) e Vitorino Nemésio, entre outros; nos seus 9 números colaboraram também Aquilino Ribeiro, José Régio, Alberto de Serpa, Raul Brandão e Teixeira de Pascoaes; e de 1927 a 1940 foi um dos fundadores[2] e dirigiu até ao seu último número (56) a revista Presença, em parceria com José Régio, Adolfo Casais Monteiro e Branquinho da Fonseca, que estaria na origem do movimento literário do mesmo nome, também chamado Segundo Modernismo, que viria a ter enorme influência na literatura portuguesa. Foram colaboradores doutrinários do “presencismo”, entre outros, Delfim Santos, Alberto de Serpa, Luís de Montalvor, Mário Saa, Raul Leal e António Botto. A ação dos ‘presencistas’ foi fundamental para o estudo e valorização do Primeiro Modernismo de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Também colaborou nas revistas Princípio [3] (1930) e Sudoeste [4] (1935) e ainda na revista Mundo Literário [5] (1946-1948) na qual se encontram alguns ensaios, contos e críticas literárias da sua autoria.
Fez tirocínio para Conservador do Museu Machado de Castro em Coimbra e nessa qualidade transferiu para esse Museu a valiosa coleção de antiguidades chinesas doada pelo poeta Camilo Pessanha e que se encontrava em depósito no Museu das Janelas Verdes, em Lisboa. Foi Presidente da Associação Académica de Coimbra em 1930-31. A partir de 1935 foi revisor da Imprensa Nacional passando para a Biblioteca desta instituição em 1940. Entre 1942 e 1945 dirigiu o programa de traduções da casa editora Portugália, em Lisboa.
Uma das facetas mais importantes da sua obra de crítico e de editor foi a de ter sido o primeiro biógrafo e também o primeiro editor[2] (com Luís de Montalvor) de Fernando Pessoa, de quem tinha sido amigo e correspondente. No domínio da literatura estrangeira divulgou e traduziu vários autores russos e anglófonos, entre eles Dostoiévski, Liev Tolstói, George Eliot[2], Jane Austen[2] e Elizabeth Gaskell[2] (novelista também celebrizada por ter sido a biógrafa de Charlotte Brontë e cuja obra foi publicada por sua iniciativa na Portugália), combatendo o “francesismo” então reinante e contribuindo para a ampliação dos horizontes literários e estéticos do mundo lusófono e a europeização da então muito provinciana cultura portuguesa. A partir de 1946 finalizou a sua carreira de romancista para iniciar a sua produção dramatúrgica. A sua obra crítica é respeitada pelo seu vasto espírito enciclopédico e pela pertinência dos seus julgamentos, ainda que por vezes fosse julgada demasiado dependente do historicismo e biografismo. Alguma da sua crítica destinava-se a divulgar e valorizar autores estrangeiros que também traduzia, ou fazia traduzir e publicava nas coleções que dirigia. Ao longo de décadas foi incansável a sua atividade de recensão nas páginas literárias de diversos jornais, entre eles o Diário de Lisboa[2], o Diário de Notícias, o Diário Popular, O Primeiro de Janeiro e o Mundo Literário. Manteve sempre fortes ligações ao mundo da imprensa, que lhe atribuiu 3 dos 4 prémios que o distinguiram em Portugal, e foi o último diretor do jornal O Século.
Proferiu numerosas conferências sobre literatura em Portugal e no Brasil e em várias cidades europeias, tendo participado como orador convidado no First International Symposium on Fernando Pessoa realizado em 1977 na Brown University, Providence, USA, e no Second International Symposium on Fernando Pessoa em 1983, na Vanderbilt University, Nashville, USA.
Em 1981 foi-lhe atribuído o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.[6] Foi sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras[7] e colaborador da Enciclopédia Britânica. De 1954 a 1968 foi sua companheira de vida e de trabalhos literários a escritora Isabel da Nóbrega.[8]
João Gaspar Simões morreu a 6 de Janeiro de 1987, em Lisboa.
Em homenagem à importância da sua obra foi o seu nome atribuído a diversas ruas em Portugal: na Figueira da Foz onde nasceu e em Foros de Amora (Seixal), na Aldeia de Juzo (Cascais), em Leça da Palmeira (Matosinhos) e em Albufeira (Algarve); e no Brasil, no Bairro Diadema, distrito de Jabaquara, cidade de São Paulo (SP).
fonte; https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Gaspar_Sim%C3%B5es
antónio pedro pita
António Pedro Pita é doutorado em Filosofia Contemporânea (“A experiência estética como experiência do mundo”) com interesses na área da cultura portuguesa dos séculos XIX e XX e tem-se ocupado das relações entre a arte e a política. Na sua permanência de seis anos como Diretor Regional de Cultura do Centro (2005-2011) foram especialmente importantes os problemas referentes ao ordenamento cultural do território e às relações entre a tradição e a modernidade como eixo da identidade cultural.
https://www.caminhos.info/equipa/antonio-pedro-pita/
O professor catedrático António Pedro Pita é o novo director científico do Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira, ocupando o lugar deixado vago em Dezembro por David Santos.

O nome de António Pedro Pita foi escolhido pelo município e a sua nomeação aprovada por unanimidade na última reunião pública do executivo.
O professor catedrático já comissariou exposições do Museu do Neo-Realismo e não vai ficar a tempo inteiro no museu, de forma a conciliar o cargo com a actividade docente que realiza na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
António Pedro Pita foi durante quatro anos director regional de cultura do centro e é o coordenador científico do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra.

É membro do conselho científico do Centro de Estudos Ibéricos e membro do conselho consultivo da Associação Casa da Achada/Centro Mário Dionísio. Publicou diversos livros, entre eles “O aprendiz do mundo e outros fantasmas”, “Campo das letras” e “Conflito e unidade no neo-realismo português”.
http://www.pportodosmuseus.pt/2014/02/11/antonio-pedro-pita-e-o-novo-director-do-museu-do-neo-realismo-de-vila-franca-de-xira/

do acontecido fez-se o registo porque há sempre algo que nos espanta