a solidão do a impossível amar sem mar
(recriação da xávega com bois; espinho; 2013)
a solidão do a impossível amar sem mar
(recriação da xávega com bois; espinho; 2013)
se houver deus
como se um soldado
desconhecido
perdido nos areais da costa
estreita-se o horizonte
esfumam-se os tempos de fartura
caminha ainda
interrogo-me por quanto tempo
quando já não os houver
erguerão monumentos
escreverão histórias
venderão livros e obras bastas
quando bastava terem feito
tão pouco para que a história
fosse outra
não lhes perdoeis senhor
que quem manda
sempre perdoado é
(espinho; 2012)
da vida
(“não há ensinamento maior que o exemplo” – bruno vieira amaral)
no fim
muito próximo
do fim
desaprendi
(espinho; recriação da xávega com bois; 2012)
escrever
escrever como se
em pedra
esculpir letras
nelas o sentir
ferir os dedos
calejar os olhos
estranho ofício este
de escrever o sorriso
a lágrima
entre linhas
(espinho; 2012)