perco-me
de tanto
ser
encontro-me
(safar redes; torreira; 2011)
perco-me
de tanto
ser
encontro-me
(safar redes; torreira; 2011)
vazias mãos de tanto terem dado sou o que resta migalhas de mim por aí espalhadas e eu eu nada ao dar dei-me e fiquei assim vazio de mim a olhar o horizonte o sonho perdido no mar a gaivota a passear a areia o desespero não regresso fui-me e não voltei resta o casco carcomido encalhado não cansado
(reparar redes; torreira; 2011)
não há bem que sempre dure o mal é esse
(safar redes da solheira ; torreira; 2015)
hamlet revisited prigozh in or prigozh out that is the question
(safar redes; torreira; 2019)
ser ou não ser não é questão é decisão
(safar redes da solheira; torreira; 2017)
a lama dos dias
lembrados sereis pelo que não fizestes fracos heróis tendes o tamanho da vossa ausência impossível desfazer o nó ao valor do homem sobrepôs-se o valor das coisas sinal dos tempos digo sabedoria antiga de aldeia nos meus ouvidos soa vós é que sabeis sobre vós a lama no nome