quem safa as redes, safa a vida?
(safar redes da solheira; torreira; 2013)
águas vivas outras as artes outras redes malhas mais finas prenderam o sonho o sol uma vida o testemunho do tempo o olhar a guardar a memória onde agora safam-se os dias onde algas secas ainda a paciência é a arte da sobrevivência a reinvenção dos dias é um tempo cheio de tempo uma navegação em águas vivas porque revividas
(torreira; safar redes; 2019)
mais que o nome a alcunha conta uma história assim os pescadores a do henrique nunca a soube nem é aqui lugar para homem rico o henrique de duas alcunhas penso ser dono haverás mais ricos de alcunhas claro mas de voz mais nenhum safa as redes como todos não safa a vida
torreira; porto de abrigo; 2013