(torreira; safar redes; 2016)
safar redes
postais da ria (419)
postais da ria (410)
postais da ria (399)
águas vivas outras as artes outras redes malhas mais finas prenderam o sonho o sol uma vida o testemunho do tempo o olhar a guardar a memória onde agora safam-se os dias onde algas secas ainda a paciência é a arte da sobrevivência a reinvenção dos dias é um tempo cheio de tempo uma navegação em águas vivas porque revividas
(torreira; safar redes; 2019)
postais da ria (398)
mais que o nome a alcunha conta uma história assim os pescadores a do henrique nunca a soube nem é aqui lugar para homem rico o henrique de duas alcunhas penso ser dono haverás mais ricos de alcunhas claro mas de voz mais nenhum safa as redes como todos não safa a vida
torreira; porto de abrigo; 2013
postais da ria (390)
postais da ria (382)
postais da ria (361)
estar vivo
é nascer todos os dias

(torreira; 2019)
postais da ria (358)
hora de

torreira; 2019
não é noite
nem é dia
nem cedo
nem tarde
apenas a hora de
postais da ria (357)
sentar os amigos à mesa

torreira; safar redes; 2019
sentar os amigos à mesa
da palavra
matar a fome de estórias
costume português este
o da mesa e nela nos juntarmos
para no repasto sermos
quantas mesas se vergaram
ao peso das ideias
ao longo da nossa história
quantas palavras
voaram por cima de toalhas
e foram alimento
sentar os amigos à mesa
apenas isso
viver para esse momento