ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO [ Porto 1968 ]


POESIA Y OTRAS LETRAS

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Sabemos que o sofrimento social rompe os laços coletivos e intersubjetivos da experiência e debilita gravemente a subjetividade. Assim o diz António Pedro Ribeiro em seu poemario Dez Pés abaixo do mundo, Editora Exclamação, 2017. Os tipos de experiência social que ocorrem no contexto de espaços feridos não podem ser reduzidos a explicações médicas, previsões burocráticas ou padrões estatísticos de objetividade. É uma forma de estar num mundo traumático, difícil de comunicar, raramente verbalizado, com um enorme potencial para desestabilizar o universo simbólico, e cujo alcance epistemológico não é particularmente compatível com conceitos tão absolutistas como verdade ou mentira. Pedro Ribeiro dá voz a esta esfera em que vive. A sua è uma experiência implícita em detalhes fragmentários e descontínuos, sutis expressões verbais associadas à intensidade emocional, estados alterados de consciência com alguns incertos traços da memória que caracterizam a sociedade portuguesa. O processo de Pedro Ribeiro…

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JORGE DE SENA


poesia sempre

POESIA Y OTRAS LETRAS

[ LISBOA 1919 – SANTA BARBARA -CALIFORNIA- 1978 ]

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A poesia deste escritor é marcada por uma extraordinária agilidade conceitual e repousa sobre uma sensibilidade refinada e profunda, porque se alimenta ao mesmo tempo em experiências de homem comum e de intelecual. Isso significa que sua poesia desenvolve profundas meditações sobre os mais diversos temas, mostrando-se permeável à linguagem, mas ao mesmo tempo é capaz de operar uma aliança entre a vocação de testemunha e uma ampla intenção reflexiva que a levam a explorar os desejos, os medos, as paixões e ansiedades dos quais a vida humana é feita.

Cubículo Gente pára curiosa ante uma cadeira onde agoniza alguém. (E, do mesmo modo que os papéis descem do ar, eu penso que circula, assim, um ódio feito por medida, um ódio que o tempo não transformará em réplica mas cansaço de ódio.) Lá, dentro de casa…

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LUIS GARCÍA MONTERO [ Granada 1958 ]


poesia y otras letras

POESIA Y OTRAS LETRAS

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La poesía de Luis García Montero es una poesía diáfana, porque emplea un lenguaje normal, como si fuera el de una conversación; sin embargo, los procedimientos estilísticos utilizados por el autor son más complejos de lo que se supone, lo que le permite que su poesía sea profunda desde la secillez. «Poesía de la experiencia» ha sido denominada, porque la actividad de todo poeta consiste en ser una actividad reflexiva que parte desde su individualidad para luego ser transmitida al lector: de esta manera es posible entablar un diálogo con este último. A partir de esta realidad a Luis García Montero se le hace viable rescatar con sus versos algo de la belleza y del sentimiento, como también la pasión civil, en nuestros tiempos de fracaso.

Tú me llamas Tú me llamas, amor, yo cojo un taxi, cruzo la desmedida realidad de febrero por verte, el mundo…

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