(um homem que parte, a memória que fica)
tinha a ria no coração o céu por dentro dos olhos há um moliceiro à sua espera algures
(um homem que parte, a memória que fica)
tinha a ria no coração o céu por dentro dos olhos há um moliceiro à sua espera algures
sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
o clip nasce os perfume disseram-me
sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
dou música e o senhor dá-me alguma coisa? são estes os canários que poisam na calçada das cidades
sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
onde a edp não chega inventam-se aquecimentos contrafeitos
sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
há recantos assim onde os olhos se reencontram
sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
se ergueres os olhos por vezes surpreendes-te
à memória do ti manel trabalhito
(fica sempre uma marca do pescador nas águas onde pescou este brilho é o teu manel é o de todos os que já não)
hoje só me saem das mãos seixos rolados apanhei-os no mar e quero lançá-los à ria ali onde a tua bateira manel ficar assim a olhar os círculos onde o teu rosto boa noite manel
sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
está calor meu uma cerveja coimbra é menina será moça?
sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
será que estás? esperas por mim? os dedos levam-me-te o comboio está atrasado
sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
pecaste irmã? não vou apanhar o comboio