11 de setembro


pensamos ou ouvimos e vemos logo…..

a 11 de setembro de 1973 pinochet derrubava o governo de salvador allende, assassinado no assalto a la moneda. quem estava por detrás?

a morte nas torres gémeas, foi rápida e insentida para a grande maioria, o terror é indesculpável, mas alguém se lembra das mortes lentas e sofridas a que foram sujeitos os chilenos pelos seus carrascos instruídos pela CIA?

que os carrascos de 1973 se armem em mártires quando foram os pais do terror em toda a américa latina, apoiando por todos os meios as ditaduras e os torcionários por si impostos é, no mínimo, a imagem da sociedade cínica em que vivemos.

por isso, hoje, aqui, ao contrário das televisões e da morte em directo, espectáculo mórbido ao estilo de hollywood, fica uma singela homenagem aos mártires do 11 de setembro de 1973 e aos seus dois símbolos: salvador allende e vitor jara (a quem cortaram primeiro as mãos para que não pudesse tocar e só depois mataram)

Fotografo Premiado sente-se insultado pelo estado e rejeita aceitação


paulo nozolino

PAULO NOZOLINO DEVOLVE PRÉMIO AICA/MCCOMUNICADO
Recuso na sua totalidade o Prémio AICA/MC 2009 em repúdio pelo comportamento obsceno e de má fé que caracteriza a actuação do Estado português na efectiva atribuição do valor monetário do mesmo. O Estado, representado na figura do Ministério da Cultura (DGARTES), em vez de premiar um artista reconhecido por um júri idóneo pune-o! Ao abrigo de “um parecer” obscuro do Ministério das Finanças, todos os prémios de teor literário, artístico e científico não sujeitos a concurso são taxados em 10% em sede de IRS, ao contrário do que acontece com todos os prémios do mesmo cariz abertos a candidaturas.
A saber: Quem concorre para ganhar um prémio está isento de impostos pelo Código de IRS. Quem, sem pedir, é premiado tem que dividir o seu valor com o Estado!
Na cerimónia de atribuição do Prémio foi-me entregue um envelope não com o esperado cheque de dez mil euros, como anunciado publicamente, mas sim com uma promessa de transferência bancária dessa mesma soma, assinada por Jorge Barreto Xavier, Director Geral das Artes. No dia seguinte, depois do espectáculo, das luzes e do social, recebo um e-mail exigindo-me que fornecesse, para que essa transferência fosse efectuada, certidões actualizadas da minha situação contributiva e tributária, bem como o preenchimento de uma nota de honorários, onde me aplicam a mencionada taxa de 10%, cuja existência é justificada pelo Director Geral das Artes como decorrendo de um pedido efectuado por aquela entidade à Direcção-Geral dos Impostos para emitir “um parecer no sentido de que, regra geral, o valor destes prémios fosse sujeito a IRS”.
Tomo o pedido de apresentação das certidões como uma acusação da parte do Estado de que não tenho a minha situação fiscal em dia e considero esse pedido uma atitude de má fé. A nota de honorários implica que prestei serviços à DGARTES. Não é verdade. Nunca poderia assinar tal documento.
Se tivesse sido informado do presente envenenado em que tudo isto consiste não teria aceite passar por esta charada.
Nunca, em todos os prémios que recebi, privados ou públicos, no país ou no estrangeiro, senti esta desconfiança e mesquinhez. É a primeira vez que sinto a burocracia e a avidez da parte de quem pretende premiar Arte. Não vou permitir ser aproveitado por um Ministério da Cultura ao qual nunca pedi nada. Recuso a penhora do meu nome e obra com estas perversas condições. Devolvo o diploma à AICA, rejeito o dinheiro do Estado e exijo não constar do historial deste prémio.

Paulo Nozolino
1 de Julho de 2010

(obrigado joão correia)

quem diria?


de acordo com o jornal de negócios de 12 de julho de 2010

” China investe mil milhões em dívida pública espanhola”

ao que o comentador, em caixa, acrescenta:

“O facto de os grandes investidores asiáticos estarem de regresso ao mercado representa um grande voto de confiança na Zona Euro”

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=434455

mao, mau

não é josé?

na semana da morte de saramago



nesta semana, ficámos a saber muita coisa:

– que os críticos de saramago, afinal o consideravam um grande escritor

– que um senhor, que responde pelo nome de sousa lara – subsecretário de estado da cultura de um governo de cavaco – reafirmou que voltaria a não apresentar o nome de josé saramago a escritor europeu do ano, uma vez que o “evangelho segundo jesus cristo” ofende o catolicismo da maioria dos portugueses e, ainda por cima, o citado escritor tinha criticado o primeiro ministro cavaco silva. a censura afinal, ao bom estilo da outra senhora, assumida e publicitada.

– que cavaco “não teve o privilégio de ser amigo ou ter conhecido” josé saramago, pelo que não se sentia obrigado a estar presente no funeral. será que terá tido o privilégio de o ter lido?

– que o presidente da assembleia da república também não esteve presente

– que o governo espanhol se fez representar nas cerimónias

enfim que este país está bem entregue e a cultura, um prémio nobel, em portugal, para os seus mais elevados representantes, só valem um representação.

será que não são eles próprios a representação de si mesmos e de muito mau gosto?

assim vamos por cá.

e agora josé?

– agora é urgente reler “levantado do chão” que só assim nos afirmaremos como povo. que os mais altos representantes da nação ainda pelo chão gatinham

consultar:

http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=3946257

http://blog.josesaramago.org/

http://www.youtube.com/watch?v=U5IKp320Kxk&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=vuohB_arwRE&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=XjTUC74Ujas&playnext_from=TL&videos=hO91ZO1PNVI&feature=sub