O Braco Moliceiro: património do proprietário


De acordo com a Direcção Geral do Património Cultural existem três tipologias caracterizadoras do que pode ser classificado como Património Cultural Nacional:

Imóvel
Móvel
Imaterial

Partindo destas definições da DGPC gostaria de discorrer sobre o “Anúncio n.º 272/2022, de 15 de dezembro”/  Diário da República n.º 240/2022, Série II de 2022-12-15, páginas 82 – 82 , em cujo Sumário se pode ler: “Inscrição (salvaguarda urgente) do «Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro» no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

Com este anúncio lançaram-se foguetes, escreveram-se editoriais e fizeram-se proclamações: O Barco Moliceiro é Património Cultural Nacional, disse-se e escreveu-se.

Bom seria se verdade fosse, mas basta ler o anúncio e há lá “:” que estragam tudo. Dois pontos, meus amigos, não um “e”. O que foi inscrito no património nacional foi a «Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro», nem poderia ser outra coisa, dado tratar-se da inscrição no Património Cultural Imaterial.

O moliceiro, a ser inscrito como muitos, e eu também, queremos, teria de ser no Património Cultural Móvel, pelo menos enquanto existir.

Há que reconhecer que o título, que é o constante da candidatura, é que provoca a confusão, permito-me deduzir que propositadamente, e a isso dedicarei algumas linhas que, espero, vos sejam de algum proveito.

É da MatrizPCI da inscrição – ver Nota no final -, documento caracterizador exaustivo do pretendido, http://www.matrizpci.dgpc.pt/MatrizPCI.Web/InventarioNacional/DetalheFicha/818?dirPesq=0 que partirei para tirar algumas ilacções.

1. Não sendo o Moliceiro objecto de inscrição é feita na “Caracterização desenvolvida” uma descrição detalhada e bem pormenorizada do Barco Moliceiro tradicional para, mais à frente, bastante mais, se descreverem umas adaptações – “ Adaptações construtivas do Barco Moliceiro para a actividade turística … alguns ajustes e a adaptações construtivas em prol da segurança dos turistas, por um lado, e para permitir a navegação nos canais urbanos da Ria de Aveiro…” . Deste modo, e contra o pensamento de muitos, e meu também, escreve-se que os barcos que circulam nos canais também são “moliceiros”. Ou seja, não é por acaso, que numa candidatura que somente pretende inscrever a «Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro» no Património Cultural Imaterial Nacional se escreva tanto sobre o Moliceiro. Como dizia o meu tio avô César Cravo (gorim) : gente de bico amarelo – os murtoseiros entendem-me. Deixo a interpretação deste procedimento ao critério de cada leitor.

2. Escreve-se ainda, na mesma “Caracterização desenvolvida”, que “Vários autores reconhecem que a adaptação do Barco Moliceiro para as actividades turísticas foi crucial para ele tenha chegado aos nossos dias.”. Que Moliceiro? Devem referir-se aos barcos que circulam nos canais, e que tão subrepticiamente pretendem chamar “moliceiros” não aos Moliceiros Tradicionais que, se têm sobrevivido, tem sido à custa do esforço financeiro dos seus proprietários – quantos são de Aveiro? Honra seja feita à Dra Maria Emília Prado e Castro, a moliceirinha como lhe chamo – naturais da zona norte da Ria de Aveiro, da Murtosa e da Torreira. Os apoios que recebem por participar nas regatas ajudam à amanhação anual do Barco Moliceiro, mas não chegam para cobrir as despesas.

3. Actualmente a construção de um Barco Moliceiro para fazer turismo, já não há moliço e os passeios turísticos em ria aberta são a única forma de tentar rentabilizar o investimento, depende da autorização da DGAM (Direcção-Geral da Autoridade Marítima), que exige planos e cortes e cálculos, como para qualquer outra embarcação que se dedique ao turismo. Os custos destes processos, só os soube de ouvido, porque quando enviei um email à entidade pedir informação sobre todos os procedimentos e custos – nele dizia pretendia mandar construir um para fins turísticos – não obtive qualquer resposta. Por isso não os insiro neste artigo. Mas fica a pergunta: se há uma inscrição no Património Cultural Imaterial da «Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro» tendo em vista a sua “(salvaguarda urgente) “ – como se escreve no anúncio supra -, será que vão deixar de ser necessários e a “«Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro» efectivamente salvaguardada? Fica a pergunta.

Resumindo

# O barco moliceiro não é Património Cultural Nacional
# Os barcos que andam nos canais são “moliceiros adaptados”
# A carpintaria naval da Ria de Aveiro só ficará salvaguardada se for alterada a legislação em vigor e não seja necessário projecto de construção

Estranhamento

Se a minha análise do documento estiver correcta – estou aberto ao contraditório – estranho que estudiosos da Ria e seus barcos, como a Dra Ana Maria Lopes, o Eng. Senos da Fonseca e a investigadora Etelvina Almeida, cujos trabalhos fazem parte da bibliografia do processo, ainda se não tenham manifestado

(Nota)

Como consultar o documento MatrizPCI da inscrição

Fazer uma pesquisa no Google com “Matriz PCI”
Na barra de em branco escrever “Moliceiro”
Clicar na figura que surge com um moliceiro em construção e têm o processo aberto

no jornal “Notícias de Aveiro”

11 de setembro


a memória dos dias 
11 de setembro 
(repetido enquanto puder)

a 11 de setembro de 1973 pinochet derrubou o governo democrático de salvador allende, no chile. o terror e as atrocidades que se seguiram ao golpe, multiplicaram-se durante anos e traduziram-se em incontáveis milhares de mortos.

hoje ninguém fala do chile e do golpe comandado pelos americanos, mas os meios de comunicação lembram-nos os mortos do 11 de setembro de 2001 em nova iorque, provocado pelo embate de aviões controlados por terroristas.

será que os muitos milhares de vitimas do regime de pinochet nada valem face aos três milhares de americanos?

entre a memória e o esquecimento se reconstrói a história.

para mim todos são seres humanos, todos foram vítimas de terroristas, por isso hoje, 11 de setembro é dia de lembrar todas as vítimas , TODAS

em nome da liberdade e contra o terrorismo, venha de onde vier, ergamos o nosso grito

(eu,coimbra; café académico; anos 80; fotografia de um norueguês)

filhos da putin


filhos da putin

foi esta, em português quase vernáculo, a expressão que me saiu dos lábios ao ouvir as declarações da líder parlamentar do pcp sobre a presença de zelensky, em modo virtual claro, no parlamento português.

“ A proposta em nada contribui para a paz … “ … “por isso votámos contra”.

as declarações dos líderes parlamentares, como todos sabemos, não exprimem posições individuais, veiculam as do partido que representam, e mais não digo.

como é que a senhora deputada quer contribuir para a paz? talvez constituindo uma força de manutenção de paz comandada pela sra deputada e o líder do seu partido, composta por voluntários, e que se interponha entre as forças beligerantes – nomeadamente contendo as forças assassinas de putin. era uma ideia, não acha?

triste e enraivecido foi como fiquei, triste, muito triste. mais triste ainda quando de dentro de mim ouvi o coro fernando lopes graça entoar o “ ACORDAI”.

amigos, que tenho muitos e bons, de há muitos e bons anos, militantes e simpatizantes do pcp, sentide-vos cómodos com esta posição?

(07/04/2022)

amonite no cabo mondego


“MAR QUE NOS UNE”: «Amonite», de Bordalo II está a ser instalada na Figueira da Foz

“Mar que nos Une” é um projeto, que resulta da candidatura de três municípios ( Figueira da Foz, Cantanhede e Mira), orçada em cerca de 300 mil euros, para a Programação Cultural em Rede 2021, aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e financiada a 100%.

É um projeto cultural focado no mar, a realizar simultaneamente nos três concelho, que tem como diretor artístico André Varandas. O mesmo visa integrar, capacitar e revitalizar os agentes culturais e artísticos oriundos dos territórios dos três municípios, que constituem, seguramente, um dos sectores mais afetados pela situação pandémica.

A Programação em Rede “O Mar que nos Une” inclui 120 associações e artistas locais, com 208 eventos, alguns já apresentados durante a época estival.

Para além da animação de verão, o projeto, que não deixa de lado as preocupações ecológicas, integra a instalação de uma obra de Bordalo II – o artista ecológico, em cada um dos três municípios.

Em Cantanhede foi instalada a «Belemnite», na Praia da Tocha, no edifício do CIAX-Centro de Interpretação da Arte Xávega. Em Mira «O Borralho» e na Figueira da Foz decorrem os trabalhos de instalação de uma «Amonite», um grupo extinto de moluscos que existiu há milhares de anos na zona do Cabo Mondego.

A obra encontra-se a ser instalada na bifurcação para o Cabo Mondego e ficará terminada amanhã.

#figueiradafoz#cantanhede#mira#regiaocentro#omarquenosune#andaracatraia#portugalitoral#aculturaésegura#culturaemrede#bordaloiihttps://www.facebook.com/search/top?q=munic%C3%ADpio%20da%20figueira%20da%20foz

cabo mondego; 29/09/2021

11 de setembro


a memória dos dias

eu, por rui mourato, 2016

a 11 de setembro de 1973 pinochet derrubou o governo democrático de salvador allende, no chile. o terror e as atrocidades que se seguiram ao golpe, multiplicaram-se durante anos e traduziram-se em incontáveis milhares de mortos.

hoje ninguém fala do chile e do golpe comandado pelos americanos, mas os meios de comunicação lembram-nos os mortos do 11 de setembro de 2001 em nova iorque, provocado pelo embate de aviões controlados por terroristas.

será que os muitos milhares de vitimas do regime de pinochet nada valem face aos três milhares de americanos?

entre a memória e o esquecimento se reconstrói a história.

para mim todos são seres humanos, todos foram vítimas de terroristas, por isso hoje, 11 de setembro é dia de lembrar todas as vítimas , TODAS

em nome da liberdade e contra o terrorismo, venha de onde vier, ergamos o nosso grito

nota: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/08/novo-relatorio-sobe-para-mais-de-40000-as-vitimas-da-ditadura-de-pinochet.html?fbclid=IwAR1EDhabqNH9GhHb5_XoABbPpi1mgo6OxI86ygGIV_QL4PUMVs7am5uKK-M

para mim será sempre o fausto


fausto bordalo dias no programa “primeira pessoa” da rtp

https://www.rtp.pt/play/p7801/e543401/primeira-pessoa

(antes de ler o que segue, aconselho a assistir à entrevista clicando no link acima)

foram sem dúvida momentos que me emocionaram ao ver e ouvir o fausto e que me entristeceram ao ouvir fausto bordalo dias. vi o cantor que admiro há muitos anos a necessitar de se apoiar numa fátima campos ferreira para caminhar, vi e doeu.

depois ouvi fausto bordalo dias falar por entre o fausto, e essa é outra tristeza, um homem lúcido pois assume, quase no fim da entrevista, que o que vai dizer vai desagradar a muita gente. mas é, também, quase de início que o faz.

atento que sou às palavras, cujo valor e significado tanto diferem consoante o por quem, o onde e o como, aqui ficam algumas breves meditações suscitadas pelas palavras de fausto bordalo dias.

minuto 05:43 “no planalto do Huambo, numa cidade que se chama Nova Lisboa, ou que se devia chamar ainda Nova Lisboa … “

que fausto bordalo dias se manifeste em relação a alteração de denominações de terras e monumentos no pós 25 de abril em portugal, é algo que como português, concordando ou não, lhe reconheço o direito de o fazer. mas manifestar-se em relação à designação atribuída a uma localidade que não é do seu país …. ele que no minuto 37:54 afirma ” eu não sou nacionalista, sou um patriota “, não reconhece aos patriotas de outras pátrias o direito de o fazerem!

no minuto 26:32 “Cabo Verde não existiria como país independente se Portugal não tivesse levado para lá pessoas. Vou-me atrever a dizer que muitos países africanos foram mais felizes com Portugal – infelizmente felizes com Portugal -, do que agora. Ou seja, quando uma independência não concorre para a felicidade dos povos alguma coisa está errada. “.

mais afirma no minuto 27:14, referindo-se aos povos da ex-colónias, “Eles viveram mais felizes antes da independência do que vivem agora. Eu sei que isto desagrada a muita gente mas é verdade

não saindo do contexto do dito na entrevista, não deveria fausto bordalo dias, arrepender-se de, como disse no minuto 14:44 “fui considerado refractário” – ou seja, não foi à guerra, onde morreram 8.600 militares portugueses – e reconhecer que deveria ter participado no ‘esforço nacional de manutenção do império’?

para concluir uma nota breve sobre a sua demarcação em relação à “canção de intervenção”, afirma no minuto 16: 04 “era a canção de protesto, que a canção de intervenção é depois do 25 de Abril. porque a canção de protesto era essencialmente metafórica …”

curiosamente, do meu ponto de vista, a primeira música de intervenção de cariz ecológico é a “Rosalinda” do fausto, estávamos em 1976, havia uma central nuclear pensada para “ferrel, lá para peniche” e fausto escreve e canta:

Rosalinda se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar

a branca areia de ontem
está cheinha de alcatrão
as dunas de vento batidas
são de plástico e carvão
e cheiram mal como avenidas
vieram para aqui fugidas
a lama a putrefacção
as aves já voam feridas
e outras caem ao chão

Mas na verdade Rosalinda
Nas fábricas que ali vês
O operário respira ainda
Envenenado a desmaiar
O que mais há desta aridez
Pois os que mandam no mundo
Só vivem querendo ganhar
Mesmo matando aquele
Que morrendo vive a trabalhar
Tem cuidado...

Rosalinda se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar

Em Ferrel lá p´ra Peniche
vão fazer uma central
que para alguns é nuclear
mas para muitos é mortal

os peixes hão-de vir à mão
um doente outro sem vida
não tem vida o pescador
morre o sável e o salmão
isto é civilização
assim falou um senhor
tem cuidado..."

nota (1) – por poder ser considerado polémico o que escrevi, agradeço que quem não estiver de acordo o manifeste

nota (2) – fausto bordalo dias não está senil, nem foi corajoso, atingiu apenas a idade em que nós portugueses achamos que “podemos dizer tudo”

entrevista a fotogénicos _ 26/03/2012


Entrevista com António Cravo (ahcravo)

foto de etelvina almeida – o próprio, no exercício do hobby; cais do guedes; torreira; 2012

Nasci a 4 de Dezembro de 1951, em Setúbal, descendente de murtoseiros e ílhavos. Baptizaram-me com o nome de António José Cravo, que mantenho. À beira de me reformar – poucos meses, espero – sou um homem sempre em busca. No meu cartão de visita pode ler-se: mestre de artes e ofícios/construtor de memória, diz tudo, e tudo o que diz é pouco para o muito que fiz e tenho para fazer.

Como surgiu a paixão pela fotografia? 

Da forma mas natural, com uma máquina. Em Angola, quando fiquei sozinho o meu pai deixou-me a sua voïglander, depois foi começar a tirar fotos. Daí à revelação e às horas passadas na câmara escura da associação de estudantes, com uma sandes para ir comendo, foi um passo.

Faz da fotografia uma profissão ou um hobby?

A fotografia é um hobby e uma forma de proactiva de interagir com as pessoas e o meio, ou, como escreveu Mário Lúcio Sousa: “estou a morrer não estou?, então, cumpra-se a minha última vontade, quero um fotógrafo, pois o médico adia a morte e o fotógrafo perpetua a vida”. Para mim é isso a fotografia

Defino-me como mestre de artes e ofícios/construtor de memória

Possui formação especifica ou é considera-se um auto-didacta? 

Auto-didacta do mais básico

Que equipamentos e softwares usa?

Uma Nikon d80 e uma Sony s200. O software é o paintshop pro X portable

Qual é o seu equipamento de sonho/eleição? 

Não tenho. Compro sempre equipamento em fim de vida e a bom preço, por isso mesmo. O que importa é estar lá quando as coisas acontecem, ter as objectivas adequadas e saber registá-las.

Analógico ou Digital?

Agora digital, a definição depende da próxima máquina, quando necessidade e disponibilidade houver. Mantenho-me fiel à Sony porque tenho muitas objectivas herdadas da minolta 7xi

Qual a sua preferência quanto aos estilos de fotografia?

Não tenho, embora seja um ferrenho do fotojornalismo, quando se trata de xávega e da ria de Aveiro,  aí estou eu.

Quando fotografa tem um propósito em mente ou deixa-se levar pelas oportunidades que surgem?

Ambas, mas vou muitas vezes atrás do que me interessa, neste momento está-me a dar gozo fotografar skim board. Mas dentro em breve começa a xávega e a ria de Aveiro (pesca, regatas, histórias).

Que acontecimento recente mais o levou a desejar lá ter estado como fotografo e porquê?

A xávega e as regatas de bateiras e moliceiros da ria de Aveiro sempre, são o “Acontecimento” e eu estou lá sempre que posso.

Dos trabalhos fotográficos realizados, qual foi para si o mais marcante e com qual mais se identifica?

Todos os que dizem respeito à xávega, nomeadamente a contribuição para o enriquecimento do site da Junta de Freguesia da Torreira, na homenagem aos pescadores e a elaboração de cerca de 100 fotopoemas sobre os pescadores da xávega da Torreira, de que foram impressos alguns exemplares e entregues à escola local, à Junta e ao Turismo.

Que projectos na área da fotografia tem para o futuro?

Xávega, muita, e continuar o levantamento documental das artes de pesca da ria de Aveiro

Quais as perspectivas actuais e futuras, que tem, da fotografia em Portugal? 

Não tenho. As coisas acontecem independentemente de nós: acontecem. Sou um marginal activo.

Quais são os teus fotógrafos de referência?

Eugénio de Andrade e António Lobo Antunes

Qual a sua opinião acerca do nosso site e na sua óptica que melhorias poderiam ser feitas?

Gosto das alterações feitas, embora continue a pensar que o lettering lateral tem pouca visibilidade.

Deixe o link do seu site ou blog.

https://ahcravo.wordpress.com/

a entrevista: https://fotogenicos-net.blogspot.com/2012/03/entrevista-com-antonio-cravo-hacravo.html?fbclid=IwAR0uykKIlkVBVZEbPkFu_Ows3ekT3h2gqCEfBA3EOEkNEqV28pYldM_5pTI

(nota: na entrevista aparece “hacravo”, quando de facto deveria aparecer “ahcravo”, por isso corrigi mas, continua a haver cravo (hacravo), pelo menos até ver 😉

assim não


loja cidadão figueira da foz.

juntos contra o vírus; em casa

hoje, 13 de novembro, 10h45m

ninguém a aguardar atendimento para ADSE ou qualquer outro serviço.

pergunto se posso entregar documentos – o procedimento não demora mais de 5 minutos.

que não, não tinha marcação. “mas não está ninguém”, respondi.

“estou à espera de um senhor com marcação para as 11h, agora só segunda às 11h”, disse

felizmente não são todos assim, que má imagem nos dão do serviço público pessoas como esta.

“entendi e não entendo”, limitei-me a responder

mas, assim não

crónicas da xávega (358)


2 de setembro de 2016

agostinho trabalhito (canhoto); torreira; 2 de setembro de 2016

como já escrevi na primeira publicação desta série, a minha era digital na xávega começou em 2005 e, na torreira, por motivos vários, terminou no dia 2 de setembro de 2016 – doze anos a registar fotográficamente, e não só, a xávega na torreira


a foto que publico hoje é a “última foto que fiz no mar da torreira”.


como não acredito em coincidências, entendo que o facto de nela aparecer o meu grande amigo agostinho trabalhito “canhoto” não é acaso, tinha de ser.

lembro uma história breve da nossa amizade e que diz tudo.

“um dia, disse-lhe que quando morresse as minhas cinzas iriam ser deitadas ao mar. ao ouvir isto o agostinho, com a maneira de falar que o caracteriza, exclamou:


ah! cravo. eu nesse dia não bou ao mar!

crónicas da xávega (355)


2020 ano a zero

torreira; 2005

em 2005 começou a minha aventura na fotografia digital.


não sou “de fotografar tudo”, tenho os meus temas, sempre os tive. de entre eles o retrato e a xávega começaram por se destacar na era digital, sem quaisquer pretensões.


desde 2005, ano após ano, fotografei a xávega em várias praias da nossa costa. andei por aí.


2020 é o primeiro ano em que não faço uma única foto de xávega, uma única. causas várias em que o covid também tem a sua importância.


neste registo de 2005, fica a memória de um barco: o s. pedro. era propriedade do arrais manuel dias da torreira (é ele que está na bica da ré). anos mais tarde foi comprado pelo arrais zé murta (falecido) que, depois de reparação foi rebaptizado com o nome de “olá s. pedro”.
viria depois a ser vendido para a praia de pedrógão.


a fotografia permite estas viagens.