vazias mãos de tanto terem dado sou o que resta migalhas de mim por aí espalhadas e eu eu nada ao dar dei-me e fiquei assim vazio de mim a olhar o horizonte o sonho perdido no mar a gaivota a passear a areia o desespero não regresso fui-me e não voltei resta o casco carcomido encalhado não cansado
(reparar redes; torreira; 2011)