escreveu o nome numa pedra
na ilusão de eternidade
quando ela lhe caiu em cima
(regata do bico; 2007)
infinitas manhãs
infinitas manhãs de gestos suspensos no vazio de não haver tecto infinitas manhãs de impiedosas mãos desfiguradas num enclavinhar de dedos na lisura das paredes infinitas manhãs de doridos olhos encovados na palidez do rosto arrastando-se fundos pelo dia imposto infinitas manhãs porque não me deixais dormir