(torreira; regata do s. paio; 2010)
moliceiros
os moliceiros têm vela (484)
os moliceiros têm vela (478)
os moliceiros têm vela (477)
era uma vez no oeste
falarei ainda do silêncio da memória de ter sido do sopro no teu ouvido de dois corpos nus de duas sedes de duas fomes de um só desejo no mesmo beijo falarei ainda do silêncio até que não me oiçam até que dentro de ti me sintas e seja o nosso o grito
(murtosa; regata do bico; 2010)
os moliceiros têm vela (469)
“Moliceiros” do Adriano Nazareth
Amigo Cravo:
Não sei se conhece este filme “Moliceiros” do Adriano Nazareth. É pena o casal de namorados que desfeia um bom trabalho etnográfico.
Agarrado, vai o meu filme “Moliceiros, Tempo para morrer”, do qual já não subscrevo tudo o que disse.
Abraço.
Diamantino Dias
(muito interessante este documentário e a citação de raul brandão, quando afirma ser o moliceiro barco de pesca. quando atravessou a ria de norte a sul, a bordo de um moliceiro, o escritor deve de ter visto as enguias que vinham misturadas com o moliço arrancado ao fundo da ria e pensou “este barco também pesca” – pensou e escreveu. era o tempo da fartura de enguias, mas isso não faz do barco moliceiro um barco de pesca. que sirva de nota a quem descreve o que vê sem saber cuidar do porquê.
não pretendo com isto criticar raul brandão, mas aproveitar para chamar a atenção dos “olheiros” dos nossos dias para quando legendam as suas imagens
agora deliciem-se com a memória)
os moliceiros têm vela (467)
os moliceiros têm vela (465)

entre 2010 e 2021 foram muitos os moliceiros que desapareceram. os que de novo foram feitos não os superam.
não vou citar nomes de homens e barcos, mas seja o ti abílio, amigo do peito, mestre das artes do mar e da navegação – que já não tem moliceiro e por isso não estará presente na regata de hoje -, o símbolo do amor a estas aves tão belas a que deram, por arte e ofício, o nome de moliceiros

torreira; regata do são; 2010