felizes

correm atrás do vento da glória talvez sonham-se o infinito presos à terra de tão grandes não cabem em si admiro-lhes as certezas os juízos sábios felizes não se sabem presumem-se quedo-me em silêncio de tão pouco ser
raízes
apertam-se as mãos e são letras de palavra dita palavra honrada homens grandes frontais de olhar límpido mãos enormes corações foram eles o vento que enfunou as velas do meu estar com eles naveguei por outras terras e regressei sempre às raízes
(a história dos moliceiros, homens e barcos, pode escrever-se com esta imagem:
a palavra dada era palavra honrada, selada no aperto de mãos.
isso aprendi quando me fui fazendo por estas bandas, onde homens de palavra apertavam as mãos.
conheço estas duas mãos, são de dois grandes amigos moliceiros: ti abílio e ti zé rebeço, os dois moliceiros mais antigos da ria.
o ti abílio já vendeu o moliceiro e o ti zé não sabe quanto mais tempo terá forças para o seu.
saber sair é um acto de sabedoria e eles sabem-no.)
torreira; regata da ria; 2020; ti zé rebeço
ti abílio; aveiro; regata da ria; 2019
torreira; regata da ria; 2019
torreira; regata da ria; 2019
aveiro; ti zé rebeço e abílio carteirista; julho; 2019
quando os moliceiros dançam ((regata da ria; 2019)
regata da ria; 2016
regata da ria; 2016