abraço

o meu amigo agostinho trabalhito (canhoto) no alador
abraço
o meu amigo agostinho trabalhito (canhoto) no alador
walmir chagas e geraldo maia em palco
vieram do recife, trouxeram com eles histórias de vida e da sua cultura.
juntamente com adalberto cavalcanti constituem a formação base da banda “beto do bandolim”, até junho por portugal.
senti que tinham muito para contar, senti que não os podia deixar partir sem recolher a memória que transportavam. senti e pedi. a resposta foi imediata, onde e quando?
e foi assim, com a cedência do magnífico espaço da livraria miguel carvalho, na figueira da foz, que se registou este abraço.
nada foi preparado ou ensaiado, simplesmente, como sucede na vida, aconteceu. dia 20 de março 2019, começou mais uma primavera. foi uma tarde linda.
obrigado walmir e geraldo, onde quer que estejam.
o abraço atlântico aconteceu de verdade
walmir chagas e geraldo maia em palco
dele fica o registo
‘miga
hoje no mercado de buarcos
fui abraçado por uma palavra
‘miga
conheci-a em setúbal
no bairro das fontaínhas
onde murtoseiros pescadores
quando a ouço regresso
aos tempos de eu menino
às vozes que pela ladeira
‘miga
diziam antes de começar
qualquer conversa
tempo em que todos
eram amigos e camaradas
por isso entre pescadores
‘miga
mais que a ouvir senti-a
há palavras assim
que nos chegam como se
um abraço
a bela e o jim cirandam berbigão
(torreira; cirandar)