
torreira; safar redes; 2019
torreira; safar redes; 2019
torreira; porto de abrigo; 2019
torreira; reparar redes; 2019
em 1965 artur pastor publicou o livro “Algarve”, em edição bilingue, fotografia e monografia do autor.
o ano passado, depois de muito procurar e não encontrar, falei com o filho, artur costa pastor, meu amigo no face, que me disse ser possível encontrar algum exemplar no brasil, para onde tinham ido os exemplares não vendidos em portugal.
com esta informação, não tendo dinheiro suficiente para a viagem, nem passaporte, entro no site dos “sebos” brasileiros e descubro um exemplar em s. paulo. mas…. se o preço estava dentro das minhas possibilidades, os portes – o livro pesa cerca de 3 kg – eram outro tanto.
começa então a funcionar a rede de amigos das redes sociais – as malditas. lembrei-me de dois amigos : mauro mattos filho e eduardo mello. depois de falar com ambos cheguei à conclusão que o eduardo era o ideal. logo se prontificou a receber o livro e até se dava o caso de ter uma irmã que vinha periodicamente a portugal. em 2019 viria,
assim o livro que tinha ido de portugal para o brasil, foi de s. paulo para o rio de janeiro, para voltar a portugal.
entretanto bolsonaro é eleito, e uma amiga de eduardo mello resolve vir para portugal e trouxe o livro para o porto – mais uma amiga
sábado proporcionou-se uma ida ao porto e … recebi o livro das mãos do marido – outro amigo – talvez cerca de seis meses depois de ter chegado.
obrigado eduardo mello, obrigado amigos.
com ele debaixo do braço fui ter com o antero urbano à livraria alfarrabista “paraíso do livro” e pedi ao prof. eduardo – um dos proprietários – que abrisse o embrulho. perguntou-me porquê e eu respondi que logo veria.
o prof. eduardo é de famila algarvia, de olhão.
e o “Algarve” quando foi desembrulhado, de regresso a portugal, foi visto pela primeira vez por um algarvio. estava completo o ciclo.
agora está ao meu lado à espera de ser lido e relido, visto e revisto.
há estórias que apetece contar, mesmo se de repente, mesmo se mal amanhadas….
(torreira; porto de abrigo; 2018)
doloroso bailado este
safam-se as redes para que se não safem os chocos