ser quem sou sem o ser o que poisado voou em busca do amanhecer
morraceira
a beleza do sal (126)
a beleza do sal (124)
a beleza do sal (120)
a beleza do sal (119)
a beleza do sal (117)
a beleza do sal (115)
que fazer das palavras
que fazer das palavras se não o assassínio do silêncio que fazer das palavras se não a ferramenta da denúncia que fazer das palavras se não o dizer esta revolta hoje aqui que fazer das palavras se não servirem para derrubar o palco erguido pelo silêncio que fazer das palavras se as aprendi para as dar e serem mais só a conquista dá valor ao conquistado desprezadas são as ofertas que fazer das palavras se não usá-las para gritar quando necessário
a beleza dos sal (112)
doem-me os braços
tempo de espera este sobreviver para viver sem saber quando tempo para lembrar depois esquecer tempo de não ser o sal está a trabalhar dizem e esperam o tempo de estar feito no talho que me coube vou mexendo os dias com vontade de os rer doem-me os braços por falta de abraços
a beleza do sal (111)
a beleza do sal (103)
eu

para os fotógrafos sou poeta para os poetas sou fotógrafo para o espelho sou eu