com um cigarro
e os bois
reparto
o descanso breve
entre dois lanços
o mar não espera
o tempo não pára
começará o lento puxar das redes
“eh boi !, eh boi !”
seremos uma junta de três
músculos retesados
suor e baba
o mesmo esforço
depois a corrida final
chegar do saco onde o peixe
cegos correremos que tudo se pode
perder
com um cigarro
e os bois mansos
reparto
o descanso breve
entre dois lanços
(torreira)

Uma fotografia maravilhosa António.
Um registo e um poema que nos transmite a realidade de um tempo passado, saudoso para alguns e novidade para outros.
Abraço!
sempre tu miúda, sempre tu. entre mar e ria, uma estreita e forte língua da areia: assim a nossa amizade.