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No livro de Rui Pires Cabral, Manual do Condutor de Máquinas Sombrias, Averno, Lisboa, 2018, a poesia torna-se imagem e vice-versa, devendo ser lida como foco de uma ordem discursiva (não apenas uma fotografia) que se torna imprecisa. A construção da situação que Pires Cabral oferece aos seus leitores é uma lógica sem vencedores nem vencidos. As imagens e as palavras fluem obliquamente ao mundano, experimentadas como entidades da subjetividade e, ao final do jogo, oferecem uma aniquilação massiva a toda estranheza e timidez vacilante no mundo dos simulacros.


