é tudo muito difuso
estás e não estás
infinitamente pequeno
o seres
nestes movimentos parados
no tempo
estás e não estás
infinitamente pequeno
o seres
nestes movimentos parados
no tempo
luzes, árvores, grades
feéricos instantes retirados
do interior da memória
sobre os carris
o comboio espera o momento de
há uma máquina porém
que não pára
pensas sempre
vício de estar ainda vivo
é tudo muito difuso
tu próprio começas a desconhecer-te
não penses, não fales
existe e caminha em direcção
ao ser
(estação de caminho de ferro de coimbra a)
