augusto água a lua
sei do meu fim
mas tu
crescerás
quando eu já não for
serás a minha memória
encher-te-ás de mim
quando te contemplarem
(na ânsia de infinito
que habita os homens)
sem o saberem
estarei lá
no ribombar das vagas
a minha voz a ecoar no tempo
(foto e poema do meu livro “quando o mar trabalha“)