recuso-me a cantar
o outono
celebrarei sempre
o verão
mesmo se já não
o outono dos poetas
é o pó em cima do piano
onde já não há pautas
para músicas de dança
recuso-me
a dizer que quando os dias
diminuem e a noite cresce
me invade a serenidade
outonal pintada de oiro
pudesse eu sentar-me
ao piano que não tenho
e martelaria nas teclas
o meu grito de raiva
por o verão me ter
mais uma vez abandonado
quero sol e mar
o mais é insosso
Viva como se verão fosse sempre…
Os teus poemas são belíssimos! Tu és muito sensivel! Gosto!
O mar nunca é insosso, senhor professor.
E até no inverno mesmo nos dias frios e ventosos é bonito.
🙂
ai lídia, estás a perder o tino com a idade ;o) …. lê bem as duas últimas linhas e concluirás que o que dizes não tem nada a ver com o escrito.
quanto ao professor, fontes bem informadas dizem que há muito deixou de o ser e o que dele resta já pouco lhe falta para se reformar ( processo revolucionário em curso )
tens razão, queres o sol e o mar 🙂
e é bom perder o tino
vejo muitas pessoas com muito tino que não têm tino nenhum
há muita lucidez na minha loucura
bjocas
querida lídia, como sabes há um espaço em lisboa chamado “ler devagar”, devias ferquentá-lo durante uns tempos ;o)
bjs das ondas
quando estou em lisboa vou às vezes a esse lugar 🙂
agora estou a passar uns tempos cá mais em cima
não consigo estar muito tempo no mesmo sítio
era bom ter um barco e atracar onde me desse vontade mas onde pudesse meter os meus livros
já imaginaste ler no meio do nada? só água à volta, ali mesmo no coração do mar
sempre fui muito engenheira, pois
não me imaginei lídia, este verão fui duas vezes ao mar com os pescadores da torreira e passo muitas horas com eles no meio da ria.
faço o que posso para não ser engenheiro ;o)