recuso-me


caminho pelas dunas

recuso-me a cantar
o outono
celebrarei sempre
o verão
mesmo se já não

o outono dos poetas
é o pó em cima do piano
onde já não há pautas
para músicas de dança

recuso-me
a dizer que quando os dias
diminuem e a noite cresce
me invade a serenidade
outonal pintada de oiro

pudesse eu sentar-me
ao piano que não tenho
e martelaria nas teclas
o meu grito de raiva
por o verão me ter
mais uma vez abandonado

quero sol e mar
o mais é insosso

8 thoughts on “recuso-me

  1. ai lídia, estás a perder o tino com a idade ;o) …. lê bem as duas últimas linhas e concluirás que o que dizes não tem nada a ver com o escrito.

    quanto ao professor, fontes bem informadas dizem que há muito deixou de o ser e o que dele resta já pouco lhe falta para se reformar ( processo revolucionário em curso )

  2. tens razão, queres o sol e o mar 🙂
    e é bom perder o tino
    vejo muitas pessoas com muito tino que não têm tino nenhum
    há muita lucidez na minha loucura
    bjocas

  3. quando estou em lisboa vou às vezes a esse lugar 🙂
    agora estou a passar uns tempos cá mais em cima
    não consigo estar muito tempo no mesmo sítio
    era bom ter um barco e atracar onde me desse vontade mas onde pudesse meter os meus livros
    já imaginaste ler no meio do nada? só água à volta, ali mesmo no coração do mar
    sempre fui muito engenheira, pois

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