notas de um retirante

joão manuel brandão e a cabrita alta
“Como Deus não pode alterar o passado, é obrigado a depender dos historiadores para o fazerem”
Afonso Cruz, em “MIL ANOS DE ESQUECIMENTO”
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vivografia e bibliografia
não, não há troca de bb por vv, são duas formas de descrever os dias.
na “vivografia” recolhem-se testemunhos, vivem-se os dias de quem ou daquilo sobre que se quer escrever. usam-se fontes “directas”.
consultando bibliotecas, textos escritos por outros, apresenta-se no fim do escrito a “bibliografia”. usam-se “fontes indirectas”.
o escrito passará mais tarde a bibliografia de outros, passará a ser fonte e …. se a fonte não reflectir o real?
exemplo:
bibliografia: “ A par da apanha legal de bivalves tem-se desenvolvido nos últimos anos a apanha ilegal dos mesmos, sem licença, potenciada pelas suas periódicas interdições por razões de saúde pública”
(escrito em 2016, já é passado em 2017)
vivografia: conhecendo a realidade da ria, podemos dizer o seguinte:
em 2012 e até 2014, houve uma proliferação extraordinária de ameijoa japónica na ria de aveiro. período que coincidiu com a crise. nestes anos um número anormalmente grande de ilegais invadiram a ria, a pé, mas a colheita foi perfeitamente marginal e sem significado, face à captura feita pelos pescadores profissionais e legalizados. em 2015 a japónica quase desapareceu.
a apanha em períodos de interdição, embora exista, continua a ser marginal, nos circuitos de apanha e comercialização.
o que é ilegal há muitos anos e, aí sim, temos valores significativos, é apanha de bivalves com artes ilegais.
não digo mais nada, porque toda a gente sabe do que falo ….. toda a gente que conhece a ria, digo eu.
por vezes, mais vale não dizer nada do que “querer tapar o sol com a peneira”.
(cabrita alta – arte legal; 2012)
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