[ Monte de Caparica, Almada, Portugal, 1951 ]

No volume de Maria Graciete Besse, Na inclinação da luz, percebemos a presença da finitude e, portanto, a imperfeição da qual se vêem circunscritas as pessoas, as coisas e as memórias. Então, estamos diante de um ego que não é capaz de manifestar sua plenitude e, portanto, acaba sendo imperfeito. Adversidade, culpa, sofrimento e morte denotam a radical finitude da existência humana, que é um incessante esforço em direção ao ser, sem nunca ser capaz de alcançá-la; mas é também uma incessante sujeição à tensão da transcendência. Desta forma é definida uma escolha do tipo expressionista que permite à autora uma ampla capacidade de ação, onde a verdade biográfica tem poucas alegrias a expor e em seu lugar aparece o aspecto mais inquieto de seu ser, tão próximo da perturbação.
Para concluir, estes breves poemas não aprisionam…
View original post mais 319 palavras