no areal imenso
deita-se o dia
em busca do silêncio
um lençol de água cobre-lhe
os pés cansados
de tanto andar
a claridade não ofusca
o dia sequer a busca
escuto e olho
na ânsia de nada perder
que a beleza é rara
e perdê-la é crime
(figueira da foz; praia da claridade)