
No Livro das Quedas. Ars Moriendi (Roma Editora, 2005), para Casimiro de Brito a morte é um acontecimento trágico e angustiante, porque vê nela a tremenda foice que corta inexoravelmente e cruelmente o fio da existência, afundando as pessoas no abismo do nada. Apesar da certeza que o autor coloca sobre o fato de que com a morte o ser do homem não está extinto, no entanto, isso marca o fim de uma prova irrepetível. Como situação decisiva da vida, a morte representa, em comparação com a vida, uma passagem para um outro lugar para o qual se pode ir como a própria fundação, como para aquilo em que se encontrará a realização, mesmo que incompreensível… (“a vida do mundo é um bem ilusório”, Alcorão, 3, 185) porque é e permanece excluído das possibilidades cognitivas do intelecto.
2 Um homem vai no seu corpo e subitamente…
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