JORGE DE SOUSA BRAGA | Braga


POESIA Y OTRAS LETRAS

Créditos: https://www.blogletras.com

Um certo gosto pela profanação de ascendência surrealista que confia à palavra poética a desconstrução do mito salazarista como arquivo cultural de todos os fantasmas que arriscaram falhar sua suposta incorruptibilidade moral, bem como a dos círculos viciosos do ensino católico, envolto nas suas contradições. A poesia de Sousa Braga foi uma forma de exorcismo contra um século XX que nunca parecia passar.

do livro: Jorge Sousa Braga, O poeta nu [poesia reunida], Assírio & Alvim, Porto, 2014.

EPÍSTOLA SOBRE A MERDA


1.

As retretes transformadas em santuários
eis a minha obsessão


2.

A merda é uma boa causa
Demasiado boa
para que alguém lute por ela


3.


Só é poeta aquele que
é capaz de comer as próprias fezes

4.

A merda é a única coisa
que não se pode conspurcar

… Compreendi então que nunca mais a poderia deixar
quando me beijou pela primeira vez…

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