Lembrando hoje o nonagésimo terceiro aniversário de Eugénio Lisboa


Glória de Sant'Anna

Para o Eugénio Lisboa que disse
o primeiro verso do poema

Por onde
a esperança

Eu quero uma estátua virada ao mar
uma estátua que se encha de sal
quando o vento caminhe

E que tome o tom verde das águas
e das algas que se lhe enrodilhem
junto às mãos e à face

Porque a única forma de ter uma estátua
é saber de antemão que ninguém
saberá quem ali se desfaz

Glória de Sant’Anna in Desde que o Mundo e 32 Poemas de Intervalo. Editorial Coop Divulgação Cooperativa, 1972 (p.91)

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