como se rezasse
poisado na areia o barco espera
o que das mãos do homem
fará dele instrumento completo
ouço-os sempre mesmo se não
(torreira; companha do marco; 2014)
o alfredo (pirolito) repara uma manga enquanto se aparelha o barco
como se rezasse
poisado na areia o barco espera
o que das mãos do homem
fará dele instrumento completo
ouço-os sempre mesmo se não
(torreira; companha do marco; 2014)
o alfredo (pirolito) repara uma manga enquanto se aparelha o barco
meia dúzia
é este o peixe que do mar
à tua mesa
encheu os bolsos em terra
a meia dúzia
(torreira; companha do marco; 2015)
queria ter palavras para ti
meu amigo
mas que palavras podem embrulhar
o que sinto
o que me sinto diante de ti
coisa pouca
depois de te conhecer
de te saber assim
enorme
depois de te ter conhecido
criança aos pés de tua mãe
na areia a olhar o mar
onde agora homem
há amigos
que nos dão vida
o prazer de ter cá estado
os ter conhecido
e nos terem deixado entrar
no seu convívio
obrigado por existires
alfredo
(torreira; companha do marco; 2010)
já falei da necessidade de conhecer a costa e ter as objectivas adequadas para captar estes momentos.
esta foto faz parte de uma série em que o barco falhou a primeira saída e teve de ser puxado para terra e voltar de novo.
neste registo a pancada acontece logo à saída da praia.
(companha do marco; torreira; 2010)