crónicas da xávega (592)


escrevo com os olhos
em gaza

como árvores no abate
as casas

a destruição planeada
o cálculo

a precisão do ataque
a morte

escrevo com os olhos
no mundo

há vozes que matam
o silêncio

há silêncios cúmplices
sempre

escrevo com os olhos
e choro

(ir ao mar; praia da tocha; 2018)

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