a palavra escrita digo
devagar soletro
a emoção com os dedos
cego caminho pelas letras
repito-me repetes-me
eu sou as minhas palavras
pensava que o sabias
que me ouvias e era gravura
antiga em rocha dura
o que te dizia
sabes não há verdades
eternas nem mentiras que muito
durem o sol hoje é lá fora
não o será sempre
que outras estações virão
(xávega; aparelhar; torreira; 2013)
