o rio sobe
a chuva cresce
a terra embebeda-se
fêmea às águas se abre
a vida recomeçará
pujante
se souberes esperar
o tempo
tem o seu tempo
e agora é tempo
de outro tempo
(borda do campo; semear arroz; as marcações; 2019)
não escrevo guardo em branco fica tudo defraudo o plagiador obrigo-o a plagiar o meu silêncio aí sim ele é perfeito quem não vê a luz são palavras talvez um poema hipótese remota ganhei a batalha daqui ninguém rouba nada porque nada escrevi o plagiador ganhou a poesia talvez não tenha perdido nada mas é assim hoje
(semear arroz; borda do campo; 2019)