poesia y otras letras
José Craveirinha | Moçambique 1922 – Johanesburgo 2003

A Marx se deve a observação pertinente de que os povos que escravizam outros se tornam escravos dos escravos. No caso de José Craveirinha, essa condição viveu-a em primeira mão. Filho de um modesto policial, que nunca obteve uma patente e morreu em um leito hospitalar, pobre como quando desembarcou na África, foi considerado um ‘assimilado’, pois mestiço. Para se ‘assimilar’ é preciso mostrar integridade moral e viver de acordo com o estilo de vida ocidental. A avaliação desses modos e comportamentos decidi-a a PIDE e a governadoria. E porque não havia escolas para o povo indígena, era muito difícil para ele ganhar os benefícios da cultura portuguesa. José Craveirinha pôde frequentar escolas regularmente e obter uma licença de ensino médio.
A linguagem utilizada por o poeta apresenta uma constante tensão polêmica, uma vez que se baseia na busca por estruturas e termos que respondam à realidade moçambicana…
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FERNANDO PESSOA
poesia y otras letras
Sul fascismo, la dittatura militare e Salazar.

È appena uscito presso l’editrice Quodlibet di Macerata un volume a cura di Vincenzo Russo, nel quale si raccolgono una serie di testi inediti dello scrittore e poeta portoghese Fernando Pessoa . Gli scritti del poeta portoghese sono stati pubblicati e presentati per la prima volta dall’accademico José Barreto nel 2015: Sobre o Fascismo, a Ditadura militar e Salazar, Lisboa, Tinta-da-China. La traduzione dell’eccellente Introduzione scritta da Barreto è presente nell’edizione italiana.
Il lettore si troverà davanti a un corpus di scritti politici e poeticidel noto poeta portoghese che ricoprono un arco temporale di dodici anni (1923 – 1935). In quanto uomo di lettere e di cultura, Fernando Pessoa prese partito nei confronti del fascismo italiano, il nazismo tedesco e la dittatura militare di António de Oliveira Salazar e del suo Estado Novo. Ne viene fuori un quadro in cui si…
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RUY BELO [ São João da Ribeira, 1933 – Queluz, 1978 ]
poesia sempre: ruy belo

Sua obra é hoje considerada fundamental no marco dos anos ’60 e ’70, por por seu amplo espectro de sensações e sentimentos transmitidos com um estilo rigoroso e atento ao som dos versos. Passando da obsessão religiosa para os aspectos relacionados com a vida cotidiana e a passagem do tempo, a poesia de Ruy Belo excita por sua melancolia às vezes ingênua e outras, ao invés, mais perta do vazio que emerge do real. Soube explorar as contradições de uma educação sentimental, cuja maior lição é uma lenta aprendizagem do amor, da solidão e da morte.
PARA A DEDICAÇÃO DE UM HOMEM Terrível é o homem em que o senhor desmaiou o olhar furtivo de searas ou reclinou a cabeça ou aquele disposto a virar decisivamente a esquina Não há conspiração de folhas que recolha a sua despedida. Nem ombro para seu ombro quando caminha pela tarde acima A morte…
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