traz-me água
da mais pura que encontrares
para beber não será
que limpezas quero fazer
nesta terra (des)governada por estrangeirada gente
ao serviço de quem mais der
traz-me água
da mais suja que encontrares
para beber não será
baldes muitos encherei tantos quantas
cabeças houver onde os despejar
traz-me água
da mais pura que encontrares
que esta sim para beber será
sede que na garganta trago
seca de tanto gritar
traz-me água
não percas tempo a procurar
que a minha terra arde
e aos que o fogo atearam a todos quero afogar