traz-me água


 

de saída

de saída

traz-me água

da mais pura que encontrares

para beber não será

que limpezas quero fazer

nesta terra (des)governada por estrangeirada gente

ao serviço de quem mais der

 

traz-me água

da mais suja que encontrares

para beber não será

baldes muitos encherei tantos quantas

cabeças houver onde os despejar

 

traz-me água

da mais pura que encontrares

que esta sim para beber será

sede que na garganta trago

seca de tanto gritar

 

traz-me água

não percas tempo a procurar

que a minha terra arde

e aos que o fogo atearam a todos quero afogar