gente marinhoa


estão no início e no começo
que à terra volta o que da terra veio
com ela se confundem desde sempre
são o seu rosto o seu corpo vivo

o tempo rasgou-lhes na face
os sulcos onde semeou ternura
e amor
pelas coisas simples
água terra fogo

amam tudo
que natural é assim ser
o milho os animais o chão
amam-se

entre luz e sombra
repartem o dia
porém
tudo iluminam
quando sorriem

são ainda a fala da terra

(palavras para um vídeo de Jorge Bacelar)

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