( entre amigos:
– agostinho, quando eu morrer as minhas cinzas vão para o mar, vão no maria de fátima
– oh! cravo, nesse dia não vou ao mar. não te quero ver. )
regresso ao mar
regressarei sempre
mesmo quando
do regresso regresso não houver
e tudo não for mais que sal e água
os dias passam
de tanto passarem
passado que chegue já haverá
amores amigos ódios paixões
estórias quanto baste
no cozinhado apurado de ter sido
não esperem por mim
os que já foram
não se despeçam
os que cá ficam
vivam vivam vivam muito
o mais é não haver mar
(torreira; companha do marco; 2013)


Acabei de ouvir em ‘poesia lida em voz alta’ no seu blog, o comentário que aqui deixo e peço de empréstimo a Sofia: – “Quando eu morrer, quero voltar para viver os momentos que não vivi ao pé do mar”
obrigado. a sofia foi um dos meus iniciadores, uma grande mestre e um belíssimo momento aquele que cita. é isso que fica dos dias: a saudade do mar