não prestas
braço a braço vencer
o cansaço
de tanto peso morto
pendurado
no sol de haver quem
o traga
a água chega-te
fresca
à boca alheio suor
a trouxe
no dizer da terra
de bico amarelo
os que como tu
eu digo
não prestas
(torreira; regata s.paio; 2014)

