os moliceiros têm vela (306)


eu sou nunca

sou o que não devia ser
sempre fui sempre serei

perdi a noção do tempo
todos os dias são hoje
eu sou nunca

habito o labirinto
de andar por aí
a rasgar sombras

escorre-me sangue das mãos
é sempre meu mesmo se não

é sempre meu

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(cais do bico; anos 70)

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