memória_14052010


no areal imenso
deita-se o dia
em busca do silêncio
um lençol de água cobre-lhe
os pés cansados
de tanto andar

a claridade não ofusca
o dia sequer a busca

escuto e olho
na ânsia de nada perder
que a beleza é rara 
e perdê-la é crime

(figueira da foz; praia da claridade)

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