crónicas da xávega (616)


a criança amputada
irmã da que mataram
é minha neta

a mulher que chora
a família perdida
é minha irmã

o homem que grita
o nome do filho soterrado
é meu irmão

o sangue que escorre
daquele corpo desfeito
é o meu sangue

como podem querer
que me cale

(xávega; pancada de mar ; torreira; 2013)

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