
25 de abril 2020_2

(muito resumidamente)
quando em 1751, segundo a prof. inês amorim, a xávega chega a portugal, mais precisamente à costa do furadouro e torreira, já os pescadores da ria iam ao mar, à sardinha, com grandes chinchorros.
o fechamento da barra da ria, só reaberta em 1808, fez com que os pescadores da ria levassem as suas artes para o mar e nele lavrassem a sardinha que abundava.
com o aparecimento das traineiras e, mais tarde, com a utilização do cerco americano na pesca da sardinha, é feita uma “limpeza” na costa e as companhas passam por momentos de crise e reconfiguração. muitas desaparecem.
era então comum, e foi-o durante muito tempo, uma retribuição em espécie (peixe) aos pescadores – a caldeirada, quinhão, rapola, teca (no sul).
hoje em dia, nas companhas que restam, já não é a sardinha a fonte de riqueza, mas sim o carapau. a retribuição em espécie, como regra, desapareceu e o normal é os pescadores levarem para casa, para o almoço ou a janta, peixe de pouco valor comercial.
neste caso, o dono da companha, josé monteiro, resolveu distribuir uma caixa de carapau por todos os membros da companha.
assim, fizeram-se 18 montes, que se foram acertando até ficarem praticamente todos iguais.
(praia de mira, companha do zé monteiro; 2009)