como se bebesse
o momento
o efémero
eternamente retido
numa chávena
onde o douro corre
ao encontro do mar
sorrindo como ela
por enfim se encontrar
a felicidade
carece de tão pouco
porque lhe pedem tanto?
(foto de sofia carvalho : http://www.facebook.com/scarvalho2

E se eu te continuar.
Me cobrir da tua areia fina
render teus olhos
à minha puplia menina
e na tua boca dilatar a sina
do paraíso que em ti,
se descortina.
E se eu te continuar.
De ti beber o mar
me afinando em ti,
repartir as águas,
teu caminho abrir.
Se eu ser a solidão
que se afeiçoou e
não te deixa partir?
E se eu te continuar.
E se eu ser seu par,
onde terá fim
a vastidão que em mim
Shala Andirá