seguem o
relógio
das marés
assim
se erguem
curvam-se
no lavrar
da lama
onde antes
areal
colhem
doridos
os frutos
nas mãos
garfos
gingam
as ancas
na dança
sofrida
do ser
aqui sempre
o regresso
de tanto
mar
de tanta
espera
são
a gente
da ria
para ler com o vídeo de Jorge Bacelar

….”o regresso
de tanto
mar
de tanta
espera
são
a gente
da ria.”…
nas minhas mãos a raiva deste Dezembro húmido e pardo,
na minha alma a imensidão do desejo!
…aqui, aqui, aqui, longe…
os velhos não vislumbram o Sol e
os meninos não encontram já a alegria do sorriso,
…aqui, tanta espera!
quando há tanto MAR!
Belíssimo trabalho amigo, abraço-te António Cravo. Isabel Amorim