seguem o
relógio
das marés
assim
se erguem
curvam-se
no lavrar
da lama
onde antes
areal
colhem
doridos
os frutos
nas mãos
garfos
gingam
as ancas
na dança
sofrida
do ser
aqui sempre
o regresso
de tanto
mar
de tanta
espera
são
a gente
da ria
para ler com o vídeo de Jorge Bacelar